Por duas vezes, o Fundo Constitucional do Distrito Federal, criado há mais de vinte anos para manter a segurança pública e complementar a saúde e a educação do Distrito Federal, ultrapassou a barreira da extinção.
Desde o início do terceiro mandato de Lula da Silva, a tentativa contra a população de Brasília tem sido recorrente.
Em junho do ano passado, o senador amazonense Omar Aziz (PSD), relator do projeto de reforma fiscal, salvou o Fundo Constitucional, retirando-o do texto final da proposta, que tramitava no Senado.
O “jaboti” havia sido enfiado ao arcabouço fiscal pelo deputado baiano Claudio Cajado, a pedido do ministro da Casa Civil é Rui Costa (PT).
A nova investida de Lula contra os interesses da população do Distrito Federal foi reeditada no âmbito da proposta de corte de gastos públicos apresentada na Câmara dos Deputados pelo líder do governo, José Guimarães (PT-CE)
Assim como ocorreu com Aziz em 2023, o FCDF foi salvo das ameaças de Lula na noite da última quinta-feira (19) por meio da canetada do relator Isnaldo Bulhões Jr. (MDB-AL).
Ele decidiu excluí-lo do projeto de lei que trata do corte de gastos, aprovado na Câmara dos Deputados.
Foi uma vitória e tanto da população do DF que precisa dos recursos do Fundo Constitucional, um instrumento que financia a segurança pública e que ainda ajuda a saúde e a educação.
A derrota foi pontualmente de Lula da Silva, que tentou fragilizar o governo local a usando a velha tática de que quanto mais pobre o povo for, melhor para sua dominação.
O que dizer da deputada Erika Kokay e do Professor Reginaldo Veras, que votaram contra o Distrito Federal?
Kokay sujou sua biografia política construída ao longo de mais de duas décadas, sustentada pelos mandatos alternados de deputada distrital e federal.
Logo, ela, que sempre lutou em prol dos funcionários públicos do DF, de onde vem a sua votação. Revelou-se ser escrava do governo. As favas à consciência!
Já o deputado Reginaldo Veras, que se diz “ardoroso defensor da educação”, não escondeu suas intenções ao declarar um “NÃO” na Câmara.
Ontem, ele tentou explicar o que não poderia ser explicado. Atacou os veículos de comunicação de fake, como fazem os políticos enganadores.
Não será a última vez que haverá uma ameaça de extermínio do Fundo Constitucional do Distrito Federal.
Só falta agora o governo Lula enviar um projeto para que a capital da República volte ao Rio de Janeiro.
Será que haverá algum político da bancada de Brasília que concordará? Pode ser.