Embora esteja no início do segundo governo, a sucessão do governador reeleito do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, começa a viver uma disputa fratricida de aliados rasos da própria base, que tentam puxar o tapete de atuais secretários de Estado, visando uma nova composição de cargos, do provável governo a ser comandado no futuro próximo, pela atual vice-governadora Celina Leão(PP).
De acordo com a regra eleitoral, nos moldes que foi praticada em 2022, caso o atual governador tenha interesse em disputar um cargo de senador, nas eleições gerais de 2026, ele terá que se desincompatibilizar do cargo em abril do mesmo ano.
Neste caso, de vice governadora, Celina vira titular com a caneta na mão.
É nesse ambiente que o chamado “fogo amigo” cresce internamente, cujas labaredas podem atingir a harmonia do grupo político que venceu as eleições em 2018, e reeditou a magnífica vitória no primeiro turno, em 2022.
O secretário de governo, José Humberto, virou alvo do “fogo amigo” por meio de uma notícia “plantada” sem pé e nem cabeça no Portal Metrópoles nesta quinta-feira(07).
A nota diz que “o secretário tem deixado claro que pretende disputar o cargo de governador nas eleições de 2026”. No entanto, o site não mostra um áudio da suposta fala de Zé Humberto e nem aponta a fonte.
Para início de conversa, Zé Humberto não é filiado a nenhum partido politico.
Diferente de um grande gestor, que serviu o governo Arruda e que ajudou Ibaneis Rocha a transformar a cidade no maior canteiro de obras da história do DF, o secretário de governo pode até ter muito traquejo na interlocução externa do governo, mas sem carisma para enfrentar uma disputa política eleitoral.
Claro que Humberto não abriria mão caso fosse escolhido por Ibaneis Rocha como seu 1º suplente de senador, nas próximas eleições.
Além disso, Humberto sabe, no alto de sua experiência, que o processo político de 2026 passará pelo comando absoluto do governador Ibaneis Rocha que tem reiterado que a sua candidata a sucessão é a vice governadora Celina Leão. E nem pode ser diferente.
O núcleo do grupo estar coeso sobre isso.
No entanto, é preciso ser evitada a fuxicaria precoce que pode ser prejudicial à unidade e à eficácia de uma coalizão política que vem dando certo ao longo dos anos e que conta com um grande índice de aprovação do povo do DF.
*Toni Duarte é Jornalista e editor do Radar-DF, com experiência em análises de tendências políticas e comportamento social da capital federal. Siga o #radarDF