Caso prospere a federação partidária, entre PT, PSB, PCdoB e PV, com vistas as eleições desse ano, poderá favorecer, três candidaturas de esquerda para a Câmara dos Deputados, no âmbito do Distrito Federal.
O namoro do provável casamento dos quatro partidos, que de acordo com a legislação vigente, terá que ser mantido por quatro anos, voltou a ser debatido ontem (02), pelos presidentes das respectivas legendas, Carlos Siqueira (PSB); Gleisi Hoffmann (PT); José Luiz Pena (PV) e Luciana Santos (PCdoB).
Se a federação for consolidada, pode ser o passaporte para que Erika Kokay (PT), se eleja para o seu quarto mandato de deputada federal.
Elegerá também o ex-governador Rodrigo Rollemberg, que voltará à Câmara Federal pelo seu partido, o PSB.
Há dúvidas se tal federação partidária no DF, possa eleger um terceiro nome.
No entanto, se houver votos de sobras, a terceira vaga seria disputada entre o ex-governador Agnelo Queiroz (PT) e Professor Israel (PV).
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O movimento, que se desenha no campo nacional, começa a refletir com muita força no jogo político local.
O DF possui oito vagas na câmara baixa, que deverão ser disputadas, a tapas, pelos mais diversos partidos federados ou não.
O senador Reguffe (Podemos), caso desista da candidatura de governador e opte pela de deputado se elegerá folgadamente e pode levar mais um com ele.
Mas isso não são favas contadas. Talvez se estiver numa federação partidária.
Roberto Freire, presidente do Cidadania, abriu negociações com o Podemos comandado pela deputada federal Renata Abreu (SP) para debater um possível casamento entre às duas legendas.
Quatro ou cinco vagas da bancada brasiliense, restariam para ser preenchidas.
É quase certo que elas ficariam com o MDB, PL, Republicanos e PP, mesmo sendo este último uma dúvida.
Também vive a mesma dúvida o DEM que tem Alberto Fraga e o deputado Luiz Miranda que já disse que disputaria o mandato por São Paulo.
A fusão entre DEM e PSL está marcada para a próxima terça-feira (7), quando o pedido será analisado pelo plenário do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Ninguém sabe, até agora, quem comandará o partido, no DF, bem como não se sabe se o União irá se federalizar com alguma outra legenda.
Assim, sendo, o jogo segue complicado para Fraga.
Vendo por esse ângulo, as portas para a futura bancada de deputados brasilienses já está lacrada e puseram as chaves fora, antes mesmo dos registros de candidaturas.
*Toni Duarte é jornalista e editor-chefe do RadarDF. Quer saber mais? Clique aqui