Um recente post do ex-governador José Roberto Arruda em sua página do Instagram, exaltando o ex-presidente Juscelino Kubitschek, fundador da capital federal em 1960, atraiu as atenções do segmento político do Distrito Federal.
Para muitos, o tom quase idolátrico de Arruda vai muito além de uma simples exaltação.
A fala do ex, atualmente no Partido Liberal, revela, no faro político de muitos, uma possível recomposição umbilical com seu ex-vice-governador Paulo Octávio, atual presidente do PSD do Distrito Federal.
Na eleição de 2022, Paulo Octávio optou por uma candidatura própria de última hora, abandonando o projeto de reeleição de Ibaneis Rocha (MDB) no meio do caminho. No entanto, não se elegeu.
Paulo Octávio, que já foi deputado federal, senador e vice-governador do DF, saiu das urnas com 123.715 votos.
Três deputados federais tiveram mais votos do que ele: Bia Kicis (PL), com 214.733 votos; Fred Linhares (Republicanos), com 165.358 votos; e Erika Kokay (PT), com 146.092 votos.
O “Midas” da construção civil do cerrado não conseguiu eleger o filho, “POzim”, como é conhecido no meio político o jovem André Kubitschek.
O homem que fala com entusiasmo sobre Juscelino Kubitschek, casado com a neta do fundador de Brasília, está longe de alcançar as mesmas habilidades políticas do saudoso ex-presidente da República.
Desde sempre, Paulo Octávio tem um pé em cada canoa.
Segue cheio de dúvidas, sem saber se ficará com o projeto de reeleição da vice-governadora Celina Leão (PP), a quem jurou fidelidade, ou se navegará em outras águas.
Voltando a José Roberto Arruda, ainda não se sabe se ele irá mudar de partido.
Para quem entende do assunto, sabe que essa é uma decisão a ser tomada no último minuto do jogo estabelecido pela regra eleitoral, ou seja, seis meses antes do primeiro turno de cada pleito.
A mais forte especulação desta semana, no mundo político de Brasília, é de que Arruda sairia do PL para o PRD, Partido da Renovação Democrática, criado a partir da fusão entre o Patriotas e o PTB. Se perguntar, ele nega. Como disse, não é hora de tratar desse assunto.
Outra especulação aponta que o ex-governador, caso se livre da quantidade de processos que pesam contra ele até 2026, poderia anunciar sua candidatura ao Buriti, tendo o filho de Paulo Octávio, o POzim, como vice.
A ideia de transformar o jovem riquinho em locutor de rádio na emissora de Vigão teria sido do próprio Arruda, como uma forma do menino ganhar mais popularidade. Verdade ou mentira? Só o tempo dirá.