Dia 1º de abril é o prazo final, estipulado pela lei eleitoral para migração de partidos.
No entanto, esse movimento migratório estará mais acelerado na última semana de março, já que muitos candidatos, que pretendem concorrer as eleições de outubro, preferem usar de cautela na hora de escolher a nova agremiação partidária.
Aqui no DF, por enquanto, os partidos se movimentam para fechar as suas respectivas nominatas, focadas nas disputas proporcionais, tanto para a Câmara Federal, como para a Câmara Legislativa do DF.
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Quem mais avançou nesse sentido foi o MDB, partido do governador Ibaneis Rocha.
O quadro para a disputa por vagas na CLDF ganhou reforço ontem (04/02), com as filiações do ex-deputado Cristiano Araújo, Risomar Carvalho e Dirsomar Chaves.
Os três novos filiados tiveram as suas fichas abonadas pelo governador Ibaneis e pelo presidente do partido, e presidente da Câmara Legislativa, Rafael Prudente.
O Partido Liberal (PL), da ministra Flávia Arruda, é outra agremiação que se apesentará com suas nominatas robustas e competitivas para eleger deputados federais e distritais.
A última filiação foi da deputada federal bolsonarista Bia Kicis, que deixou o PSL, pelo PL arrudista.
O Republicanos-DF, partido da Igreja Universal, se diz confortável e pronto para a disputa eleitoral e manter seus quadros na Câmara Federal e na Câmara Legislativa.
O PP (Partido Progressista), comandado pela deputada federal Celina Leão, também surge forte no cenário político desse ano.
A legenda respira mais aliviada ao ganhar o reforço com a chegada do ex-governador Rogério Rosso e do ex-vice-governador Renato Santana.
Ambos deixaram o Partido Social Democrático (PSD) de Gilberto Kassab.
O PTB, comandando por Zé Gomes, pode ser abandonado pelo próprio, que não deseja ficar sem mandato. Especula-se que o deputado distrital deve ingressar no MDB.
A situação está difícil no partido de Roberto Jefferson.
Sabe-se ainda que o vice-presidente da legenda, Paulo Fernando, vai cascar fora nos próximos dias. Deve ingressar no PL.
O PSDB, partido liderado pelo senador Izalci Lucas, candidato ao Buriti, enfrenta dificuldades para montar a lista de candidatos para as eleições proporcionais.
Falta gente que se interesse a entrar na corrida pelo ninho tucano.
Por enquanto, para federal, tem apenas “Serginho Izalci”, filho do senador. Para deputado distrital a escala ainda está no zero.
O PT segue em frente com o seu time de sempre para manter o que já tem na Câmara dos Deputados e na CLDF.
Embora muitos partidos contarem com nomes competitivos para as eleições desse ano, mas isso não quer dizer que tudo está consolidado. O movimento do entra e sai pode continuar.
Mesmo que alguém tenha acabado de se filiar, hoje, em um desses partidos, pode deixar, caso entenda que a agremiação escolhida não é a melhor dos mundos.
Isso pode ser feito até 1 de abril, dia que fecha a janela partidária.
*Toni Duarte é jornalista e editor-chefe do RadarDF. Quer saber mais? Clique aqui