O peso político de quatro ex-governadores do DF, além de um ex-candidato ao Buriti, nas eleições de 2018, pode transformar a disputa desse ano, pelas oito vagas para a Câmara Federal, como a mais acirrada dos últimos tempos no Distrito Federal.
Na guerra pelos votos estão: Rodrigo Rollemberg, Agnelo Queiroz, Cristovam Buarque, Rogério Rosso e Alberto Fraga.
Não há que subestimar o capital político de cada um deles.
A começar por Rollemberg que teve sempre a sorte de encontrar um “trem da alegria” em sua vida.
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O primeiro deles, foi quando ingressou como servidor, no Senado. Já passou por todas as cadeiras dos legislativos que se possa imaginar.
Foi derrotado, em 2018, por Ibaneis Rocha(MDB) ao tentar se reeleger ao Buriti.
Agnelo Queiroz também já foi deputado distrital, federal, ministro e governador.
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Ficou em banho-maria nas últimas duas eleições (2014 e 2018) por conta de processos judiciais que o deixou na inelegibilidade, mas já está livre e pronto para um voo rasante na Câmara Federal.
Rogério Rosso, apesar de ter feito um medíocre “mandato tampão”, como governador do DF, em 2010, porém serviu de trampolim para chegar com um mandato seguro na Câmara.
Ganhou visibilidade política, em 2016, na disputa pelo comando da Casa, ficando em segundo lugar, com 170 votos, dos 515 deputados. Perdeu para Rodrigo Maia(RJ).
Outra visibilidade nacional de Rogério Rosso foi quando se tornou presidente da comissão especial do impeachment da presidenta Dilma Rousseff.
De Cristovam Buarque, pode se dizer que trafegou pelos mais altos escalões da vida política local e nacional.
Foi governador do DF, Ministro da Educação, disputou à Presidência da República, em 2006, e fincou os pés no “céu” do Senado, por eternos 16 anos.
Em recente declaração o ex-tudo disse que disputará uma vaga esse ano na Câmara.
Dizem que Alberto Fraga militou mais na política, do que em toda a sua trajetória como PM.
A porta de entrada foi quando se tornou assessor parlamentar das polícias militares na Câmara dos Deputados em 1997.
Daí foi um pulo para se agarrar no parlamento federal por quatro mandatos e meio.
No meio do caminho disputou, mais perdeu, para o Senado, o mesmo acontecendo para o Buriti. Agora quer voltar para a “bancada da bala”.
Se um mandato de deputado federal é o desejo de consumo da turma que quer entrar, a turma que já ocupa às oito vagas, fará de tudo para permanecer a onde está.
Além disso, tem um batalhão de candidatos novos que também irão para a luta em busca das mesmas cadeiras.
A guerra será dura pela reeleição, mesmo se sabendo que alguns deles não terão a mínima chance de renovação.
Uns por se perderem no mandato durante os últimos quatro anos. Outros por simples questões partidárias, causadas pelas novas regras impostas pela legislação eleitoral. Eis o jogo.
*Toni Duarte é Jornalista e editor do Radar-DF, com experiência em análises de tendências e comportamento social e reconhecido nos meios jornalísticos e políticos da capital federal. Quer saber mais? Clique aqui