O debate montado pela TV Brasília, de propriedade do empresário Paulo Octávio (PSD), candidato a governador do DF, terminou sendo o maior fiasco televisivo da história política do DF.
Os seis candidatos ao Buriti, ao invés de apresentarem propostas à população, gastaram o tempo do programa para atacar raivosamente a ausência do governador Ibaneis Rocha(MDB).
A não participação de Ibaneis Rocha no debate da TV de PO, foi decidida pelo comando da campanha do emedebista por dois motivos óbvios.
O primeiro é que o governador lidera a corrida pelo Buriti, com larga vantagem conforme apontam todas as pesquisas de intenção de votos, realizadas até o momento.
Ibaneis pode se reeleger já no primeiro turno da eleição que ocorre no dia 2 de outubro.
O segundo é que a TV Brasília, pertencem, majoritariamente, ao empresário Paulo Octávio, candidato ao Buriti, o que deixaria de ser um campo isento como deveria ser.
A não participação de candidatos bem avaliados em debates é fato comum.
A estratégia é escapar de ser o alvo preferencial dos adversários, que fazem ‘tabelinha’ para massacrar ou escantear quem está à frente das pesquisas.
Foi isso que estava planejado para Ibaneis Rocha, caso comparecesse na arapuca armada no debate promovido pela TV de Paulo Octávio, noite de ontem.
Em quase duas horas de programa, os organizadores do debate se mostraram explicadamente tendenciosos e sem neutralidade, revelando de que lado estavam.
Já os seis candidatos, ao invés de mostrar suas propostas, se derreteram em críticas raivosas contra o único ausente.
BRB: saco de pancada
O Banco de Brasília (BRB), que antes da gestão do atual governo, servia para perdoar dívidas milionárias de uma casta, que enriqueceu as custas do dinheiro público.
A instituição terminou sendo alvo da pancadaria combinada entre os candidatos.
Ninguém entendeu como o nome do BRB, passou ser o saco de pancada da noite por meio dos seis pretendentes ao Buriti.
Logo o BRB, que nos últimos quatro anos, se tornou um dos bancos públicos mais importantes e acreditados do país, alcançando um lucro ajustado de R$ 109 milhões no primeiro trimestre de 2022.
Um Banco que atingiu à marca histórica de R$ 23,2 bilhões de carteira de crédito ampla, representando crescimento de 34,5% em 12 meses.
As críticas dos candidatos ao Buriti sugere uma pressão ao Banco e ao governo, seu sócio majoritário, para perdoar uma dívida de mais de R$400 milhões dos Diários Associados/ Correio Braziliense, cuja TV Brasília, tem como sócio, Paulo Octávio. É mole?
*Toni Duarte é Jornalista e editor do Radar-DF, com experiência em análises de tendências e comportamento social e reconhecido nos meios jornalísticos e políticos da capital federal. Siga o #RadarDF