O presidente da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI), Carlos Viana (Podemos-MG), deu voz de prisão ao empresário Rubens Oliveira, durante seu depoimento ocorrido na noite desta terça-feira (22).
Oliveira é apontado como “carregador de malas” de Antonio Carlos Camilo Antunes, o Careca do INSS.
Detido pela Polícia Legislativa sob a acusação de mentir em sua oitiva e ocultar documentos, Rubens Oliveira marca o primeiro caso de prisão desde a criação da CPMI, no dia 18, que investiga o desvio de mais de R$ 6 bilhões de aposentados do INSS.
Apesar do avanço, a medida expõe a fragilidade da investigação diante da magnitude do esquema de roubalheira que lesou milhões de aposentados pelo país afora.
A CPMI, até o momento, parece pescar apenas “sardinhas” em um mar infestado de “tubarões”.
No show televisivo, fica flagrante a disputa entre grupos de oposição e governistas em embates políticos, onde interesses partidários frequentemente sobrepujam a busca por justiça.
Até o momento, não apareceram os verdadeiros responsáveis pelo rombo bilionário contra aposentados. Seguem claramente protegidos por blindagens de esquerda e direita.
Um exemplo gritante é a ausência de Careca do INSS, dispensado de depor por decisão do ministro extremamente evangélico do Supremo Tribunal Federal, André Mendonça.
A prisão de Rubens Oliveira, embora simbólica, é insuficiente para desmantelar o esquema.
A CPMI precisa superar as amarras partidárias e avançar contra os grandes articuladores da fraude, que continuam intocáveis.
Sem isso, a investigação corre o risco de se limitar a punições seletivas, enquanto os bilhões desviados dos aposentados permanecem nas mãos de poucos.
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