Radar Político/Opinião DIREITO DE RESPOSTA

Radar Político/Opinião Por Toni Duarte Por dentro dos bastidores da política brasiliense.

O ASSUNTO É

Lula quer colocar o irmão Frei Chico para arder no fogo dos infernos

Publicado em

O presidente Luis Inácio Lula da Silva começou a orientar o PT no Congresso Nacional a concordar com a instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar o desvio de recursos de aposentados e pensionistas, um esquema que já acumula R$ 6,3 bilhões em fraudes no Brasil.

O sinal verde de Lula para que deputados e senadores petistas apoiem a iniciativa, proposta pelo deputado Coronel Chrisóstomo (PL-RO), pode colocar seu irmão, José Ferreira da Silva, mais conhecido como Frei Chico, em uma situação delicada.

A oposição já reuniu as assinaturas necessárias para a tramitação da CPI, e o Frei Chico integra o primeiro nome da lista de convocados. Ele seria o início do fio da meada que irá desnudar a quadrilha que operava dentro do INSS com o conhecimento do ex-ministro da Previdência Social, Carlos Lupi.

Frei Chico, aos 83 anos, é uma figura central na investigação por ser diretor do Sindicato Nacional dos Aposentados, Pensionistas e Idosos (Sindnapi), uma das 11 entidades suspeitas de fraudes no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).

Relatórios da Controladoria-Geral da União (CGU) e da Polícia Federal revelam que o Sindnapi arrecadou mais de R$ 300 milhões entre 2019 e 2024, com R$ 90 milhões somente em 2023, muitas vezes por meio de descontos não autorizados nas aposentadorias e pensões dos beneficiários.

Apesar de não haver provas diretas de seu envolvimento pessoal nas fraudes, a posição de liderança de Frei Chico no sindicato o torna um alvo inevitável da CPI.

Em 2019, ele já havia sido citado na Operação Lava Jato, mas a Justiça rejeitou a denúncia por falta de provas, o que não impediu que seu nome voltasse à tona agora.

A decisão de Lula de apoiar a CPI, mesmo às custas de colocar o irmão para arder no fogo dos infernos, parece uma jogada calculada para reverter impopularidade e pavimentar o caminho para a reeleição em 2026.

*Toni Duarte é jornalista e editor/chefe o Radar-DF, com experiência em análises de tendências políticas e comportamento social da capital federal. Siga o #radarDF

Siga o perfil do Radar DF no Instagram
Receba notícias do Radar DF no seu  WhatsApp e fique por dentro de tudo! Entrar no grupo

Siga ainda o #RadarDF no Twitter

Receba as notícias de seu interese no WhatsApp.

spot_img

Leia também

Lançado edital para renovar computadores de hospitais e UPAs do DF

Foi publicado o edital para compra e instalação de novos desktops, notebooks e monitores auxiliares...

Mais Radar

Vídeo! Para Caiado, Marconi é o “cupim branco” que corroeu Goiás por 20 anos

Caiado intensifica o debate ao comparar a tentativa de Marconi Perillo voltar ao Palácio das Esmeraldas a um “cupim branco”, metáfora usada para alertar que conquistas construídas em anos podem ser destruídas em instantes.

Celina transforma demanda silenciosa dos idosos em agenda de Estado

As mãos que afagam. Celina Leão assume protagonismo ao lançar ações concretas para a terceira idade, mostrando que cuidar de quem construiu Brasília não é favor: é justiça e compromisso com o futuro.

Aceita que dói menos! Rejeição de 53% a Arruda é sentença de morte eleitoral

A rejeição de 53% confirma que o DF não aceita o retorno de José Roberto Arruda, marcado por escândalos, prisão e inelegibilidade. A memória da Caixa de Pandora ainda pesa e impede sua volta ao comando do Buriti

Laços com os Três Poderes tornam o caso Master um escândalo intocável

A tentativa de criação de CPIs sobre o caso Banco Master do banqueiro Daniel Vorcaro não passa de encenação: serviu apenas para blindar os envolvidos ou virar palanque político-eleitoreiro. Deputados petistas do DF, como Chico Vigilante, teriam coragem de convocar ministros de Lula para depor?

Bia Kicis chama de “racha” escolha de Flávio em vez de Michelle

Bia Kicis ficou atônita: o anúncio de Bolsonaro, lançando Flávio e descartando Michelle, caiu como “água no chope” e desmoronou seus planos para o Senado, abrindo um racha explosivo no PL do DF.
- PUBLICIDADE -

Últimas do Radar Político