Uma conversa bastante evoluída em torno de possível federação entre o União Brasil e o MDB, está deixando o deputado Alberto Fraga, em posição nada confortável no novo partido. A nova legenda surgiu com a fusão entre o PSL e o DEM.
Se a federação prosperar, Fraga, ex-presidente do extinto DEM do Distrito Federal, terá que marchar pela reeleição do governador Ibaneis Rocha (MDB). Terá ainda que apoiar, pelos próximos quatro anos, o provável governo do emedebista.
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A situação incômoda deixa o ex-integrante da bancada da bala e ex-bolsonarista como alma sem corpo, sem saber se continua no novo partido ou vasa dele.
A decisão de cair fora do União Brasil pode ser tomada por Fraga, até o dia 1 de abril, quando se fecha definitivamente a janela partidária.
Ontem (09), no jantar de celebração do nascimento do novo partido, o ex-deputado PM não deu as caras.
Agora, falta decidir quem vai tocar o barco do mega-partido no Distrito Federal.
É voz corrente que Manoel Arruda será o escolhido.
A oito meses das eleições, a maioria das figuras carimbadas da política brasiliense segue com seus projetos travados pela lenta formação de federações entre partidos.
Com as mudanças na legislação eleitoral, promovidas pelo Congresso Nacional, as federações partidárias passaram a ser uma realidade no Brasil.
Um passo em falso pode levar pro saco, parte da velha política que se move, para continuar na aba do poder.
No DF, o ex-governador Rodrigo Rollemberg (PSB), torce por um casamento entre o seu partido com o PT. Ele vai tentar se eleger para a Câmara Federal.
A situação é mais dramática para o senador José Antonio Reguffe(Podemos).
Até agora ele não disse a que cargo vai disputar, diante da indefinição de alianças e de uma possível federação do seu partido. Não sabe se sai ou se fica.