Radar Político/Opinião DIREITO DE RESPOSTA

Radar Político/Opinião Por Toni Duarte Por dentro dos bastidores da política brasiliense.

O ASSUNTO É

Chega! O humilhante fim do carreirismo político de Erika Kokay

Publicado em

Uma articulação política coordenada diretamente pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva parece ter determinado o fim do carreirismo político de 24 anos da deputada federal Erika Kokay (PT-DF).

Ela engoliu e não gostou da imposição que terá que aceitar, pois teria partido de quem manda no Palácio do Planalto.

Como opção para manter a ex-sindicalista em evidência, o partido deve indicar o seu nome para uma das duas vagas ao Senado na disputa majoritária de 2026.

Um projeto difícil de prosperar diante de nomes fortes na disputa pelo Senado, como o do governador Ibaneis Rocha (MDB) e da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL).

Durante as entrevistas que concedeu na semana passada, Erika Kokay tentou minimizar a possibilidade de sua reeleição em 2026, fazendo com que todos pensassem que ela está cansada da profissão, como se políticos se cansassem do poder.

Ela disse que considera o ciclo de mandatos parlamentares encerrado.

Kokay preferiu não mencionar que sua saída é uma decisão estratégica do PT para permitir a volta de José Dirceu, figura histórica da legenda e ex-ministro-chefe da Casa Civil.

Dirceu, que recentemente recuperou seus direitos políticos após a anulação das suas condenações na Lava Jato pelo ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal, tem repetido sua disposição de auxiliar Lula na governabilidade e na renovação interna do partido.

A substituição de Kokay seria, portanto, um movimento nesse sentido a começar pelo Distrito Federal.

A parlamentar foi a que mais tempo ficou renovando o mandato desde a criação do PT no DF, o que acabou provocando a fuga de vários líderes devido à falta de alternância no poder interno da legenda.

Kokay é figura central da legenda desde a fundação do PT no DF, mas a renovação dos consecutivos mandatos provocou a estagnação da sigla local.

A última vez que o Partido dos Trabalhadores elegeu um governador foi em 2010.

O PT DF envelheceu junto com Erika Kokay, ficando como um partido fraco, incapaz de lançar um nome para a disputa pelo Palácio do Buriti em 2022.

Teve que engolir o “intragável Leandro Grass(PV)”, como os petistas gostam de classificá-los.

Apesar da vitória de Lula na eleição presidencial de 2022, o partido está longe de uma posição de força no Distrito Federal, apesar de contar com uma boa base de militantes, mas sem líderes para liderar.

O retorno de José Dirceu à cena política em substituição à deputada Erika Kokay é uma tentativa de reestruturar internamente o PT em Brasília, principal vitrine política do país.

*Toni Duarte é jornalista e editor/chefe o Radar-DF, com experiência em análises de tendências políticas e comportamento social da capital federal. Siga o #radarDF

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