A menos de oito meses para as eleições de outubro, a candidatura de Sérgio Moro caminha para naufragar dentro do Podemos, diante da disputa pelo controle do “marketing” da campanha que será bancada pelo fundo partidário do Partido.
A briga começou quando o candidato Moro, que se julga maior que o partido, comandado por Renata Abreu (SP), impôs e conseguiu meter de goela abaixo a contratação do marqueteiro argentino Pablo Nobel para comandar o marketing de sua campanha ao Palácio do Planalto.
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Paulo Nobel participou das campanhas do presidente argentino Alberto Fernández e de Daniel Scioli, que perdeu a eleição para Mauricio Macri, em 2015.
A situação causou constrangimento e mal-estar no núcleo da campanha, após o ex-juiz mandar excluir o publicitário Fernando Vieira, marqueteiro há anos do Podemos.
A presidente da legenda, Renata Abreu, não aprovou.
Fernando Viera chegou a ajudar Moro no ato de filiação do ex-juiz, em novembro do ano passado, em Brasília.
Sendo o 12º, entre os 33 partidos, com direito do Fundo Partidário, o Podemos terá quase 230 milhões do dinheiro público para investir na campanha de Moro e de seus parlamentares.
De acordo com interlocutores do próprio partido, a briga pelo controle do marketing, somado a performasse de Moro, que encolhe nas pesquisas de intenção de votos, além do namoro que ele vem fazendo para migrar para o União Brasil, são as causas para um rompimento definitivo do Podemos com o ex-juiz da lava jato.
*Toni Duarte é Jornalista e editor do Radar-DF, com experiência em análises de tendências e comportamento social e reconhecido nos meios jornalísticos e políticos da capital federal. Quer saber mais? Clique aqui