A deputada federal Flávia Arruda conseguiu se manter no comado da Comissão Provisória do Partido Liberal no DF, até 2024.
Flávia ficou fora do comando por cinco dias, mas retornou na última quinta-feira (10), com a renovação do mandato, assinado pelo presidente nacional, Valdemar da Costa Neto.
Apesar da aparente harmonia no PL do DF, porém a deputada Flávia tem se defrontado com os movimentos feitos pela deputada federal Bia Kicis, que chegou se articular para comandar o partido que se filiará até o dia primeiro de Abril.
Bia Kicis chegou a trabalhar nos bastidores para conduzir o PL, mas teria sido desaconselhada pelo próprio Valdemar da Costa Neto, por não ser um bom negócio.
Na visão de Costa Neto, é fácil dissolver uma comissão provisória partidária, no entanto, difícil é recomeçar do zero, já que faltam apenas sete meses e meio para as eleições desse ano.
Flávia soube, das articulações de Bia Kicis e também cuidou de agiu nos bastidores para não perder o comando do PL.
Agora, chega ao conhecimento dos apoiadores de Arruda, que a bolsonarista estaria insistindo, ter, ao menos, o poder de veto sobre nomes que irão compor a nominata para deputado federal.
A lista de pré-candidatos está sendo montada pelo ex-governador José Roberto Arruda, marido de Flávia Arruda.
Segundo relatos, Kicis não quer no PL, o ex-deputado Alberto Fraga, que não sabe se fica ou sai do União, partido gerado entre o PSL e o DEM.
Fraga foi convidado por Arruda caso queira entrar no Partido Liberal.
Ninguém sabe se a ação de vetar o nome de Fraga, é por conta do rompimento dele com o presidente, Jair Bolsonaro, ou se é medo de Bia em servir de escada para eleger o coronel.
Nos últimos tempos, a deputada bolsonarista já se movimentou em muitas frentes.
No ano passado, em um jantar em Brasília, com Valdemar Costa Neto, Flávia Arruda, e o vice-presidente da Câmara, Marcelo Ramos, Kicis externou o seu desejo de concorrer ao Senado pelo PL, caso Flávia se candidatasse ao governo do DF.
A proposta chegou até animar os Arruda. Depois, avaliaram que não seria uma boa estratégia ter que enfrentar o dono da caneta, Ibaneis Rocha (MDB), de quem são aliados.
*Toni Duarte é jornalista e editor-chefe do RadarDF. Quer saber mais? Clique aqui