José Roberto Arruda, o candidato do nada. Assim decretou o Superior Tribunal de Justiça ao decidir pela inelegibilidade do ex-governador do DF até 2032.
Motivo: o envolvimento no maior escândalo de corrupção já registrado na cena política brasiliense, que o levou do topo à cadeia.
Arruda é um filme cujo roteiro todos já sabem qual é o final. Em 2014, insistiu até os últimos minutos da eleição, mesmo sabendo da sua inelegibilidade.
Resultado: atrapalhou Jofran Frejat, que o substituiu às pressas, e impediu uma vitória que já estava nas mãos.
Arruda simplesmente não aceitava virar coadjuvante.
Preferiu ver Rodrigo Rollemberg (PSB) no Buriti a assistir Frejat assumir o protagonismo que ele próprio não podia mais ter.
Em 2018, a história se repetiu. O inelegível Arruda surgiu novamente para bagunçar tudo.
Na época, ainda se dizia dono absoluto do Partido Liberal (PL), legenda que controlava com mão de ferro no DF.
Jofran Frejat, médico respeitado e político experiente, tinha tudo para ser governador.
As pesquisas o colocavam com 38% das intenções de voto, enquanto Rollemberg, no exercício do cargo, patinava com menos da metade disso.
Mas foi exatamente José Roberto Arruda quem fez o bom velhinho chutar o pau da barraca.
Frejat desistiu com a frase que até hoje ecoa na memória popular do DF: “Não vou vender a minha alma ao diabo.” O diabo, claro, era Arruda.
Em 2022, lá veio o inelegível de novo. Ensaiou candidatura ao governo apenas para, em seguida, empurrar Flávia Arruda como senadora na chapa de Ibaneis Rocha.
Cruzou os braços e achou que o sobrenome bastava. Não bastou.
Flávia perdeu para a então desconhecida Damares Alves (Republicanos), que surfou na onda Bolsonaro e levou a vaga sem esforço.
Agora, em 2026, o inelegível volta à cena com a mesma enganação de sempre.
Diz que é candidato quando não pode ser, conforme decisão recente do colegiado de cinco ministros do Superior Tribunal de Justiça (STJ).
Arruda segue amarrado à pior história de corrupção já registrada na trajetória política e administrativa do Palácio do Buriti. A queda foi épica: do topo à cadeia.
Na última pesquisa RealTime Big Data, Arruda aparece com menos da metade dos pontos de Celina Leão, sua principal concorrente ao Buriti, e carrega mais de 60% de rejeição.
Medo do quê? José Roberto Arruda não é mais essa Coca-Cola toda.



