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Radar Político/Opinião Por Toni Duarte Por dentro dos bastidores da política brasiliense.

O ASSUNTO É

Aposentados: Políticos do DF fogem da CPI do INSS como diabo foge da cruz

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O Brasil assiste, estarrecido, à revelação de um dos maiores escândalos previdenciários de sua história: quase R$ 6 bilhões surrupiados dos contracheques de aposentados e pensionistas do INSS, por meio de descontos ilegais ligados a associações obscuras e serviços não contratados.

No Distrito Federal, que abriga entre 560 mil e 700 mil beneficiários do INSS, a situação deveria ser tratada como prioridade absoluta.

Dos oito deputados federais do DF, três não assinaram o requerimento da “CPI do Roubo dos Aposentados”, enquanto no Senado uma senadora mandou às favas, os velhinhos e pensionistas lesados.

O pedido da CPI Mista já conta com mais de 200 assinaturas de deputados e senadores de todo o país e deve ser protocolado ainda esta semana.

Entre os silenciosos, destaca-se o deputado Reginaldo Veras, professor da rede pública, que iniciou na política pelo PDT, partido que comanda o Ministério da Previdência, órgão onde o “quadrilhão” operava para roubar os aposentados e pensionistas.

O silêncio de Veras diante de um escândalo dessa magnitude é, no mínimo, constrangedor.

A deputada Erika Kokay (PT-DF), bancária aposentada, tampouco manifestou nenhuma opinião ou repúdio público ao esquema que estourou no governo Lula.

Seu comportamento tem sido descrito por eleitores como um “silêncio sepulcral”, como se optasse por “fazer-se de morta” em meio ao clamor dos mais vulneráveis.

O deputado Gilvan Máximo (Republicanos) é outro que não assinou a CPI que tem o objetivo de apurar o maior assalto contra velhinhos indefesos, mesmo sabendo que muitos deles foram às urnas em 2022 para votar no deputado.

Não para por aí. A senadora Leila Barros (Leila do Vôlei), presidente do PDT no Distrito Federal, também mantém omissão absoluta sobre o escândalo, provocado por um verdadeiro quadrilhão institucionalizado pelo seu partido dentro do INSS.

O caso é tão grave que faz o histórico “caso Jorgina”, (lembram dela?) um dos maiores escândalos previdenciários do século XX, que desviou R$ 500 milhões entre 1984 e 1991, parecer fichinha.

Jorgina de Freitas foi condenada por fraudes milionárias contra a Previdência, mas o rombo atual multiplica por 12 vezes aquele prejuízo, atingindo a impressionante cifra de quase R$ 6 bilhões.

E não se trata somente dos aposentados atuais. Esse é um assalto coletivo contra 61,8 milhões de contribuintes da Previdência Social, entre trabalhadores formais, autônomos, empregados domésticos e até segurados facultativos.

No Distrito Federal, estima-se que entre 850 mil e 880 mil contribuintes ativos esperam, um dia, receber aposentadoria do INSS.

O escândalo põe em risco a confiança no sistema e o futuro dessas pessoas.

Diante desse cenário, a pergunta ecoa com força crescente nas redes sociais e nas ruas do DF:

Como é possível ficar em silêncio diante de um assalto de tamanha envergadura?

A omissão de deputados federais e uma senadora do DF levanta suspeitas de conivência com os criminosos ou conveniência política para atender pedido de Lula.

Por que não se manifestam? A resposta, até agora, é um silêncio ensurdecedor, que machuca aqueles que perderam parte de sua renda mensal, muitas vezes sua única fonte de sustento.

A população do DF, especialmente seus 497 mil eleitores com mais de 55 anos que votaram em 2022, tem o direito de cobrar respostas, ações e posicionamentos claros.

A omissão é uma forma de cumplicidade e alinhamento com os criminosos. Que saibam disso!

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*Toni Duarte é jornalista e editor/chefe o Radar-DF, com experiência em análises de tendências políticas e comportamento social da capital federal. Siga o #radarDF

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