Radar Político/Opinião DIREITO DE RESPOSTA

Radar Político/Opinião Por Toni Duarte Por dentro dos bastidores da política brasiliense.

O ASSUNTO É

A campanha silenciosa de José Roberto Arruda com foco em 2026

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Em 2026, será a quarta tentativa do ex-governador José Roberto Arruda de voltar ao cenário político do Distrito Federal, desde a perda do mandato em 2010 devido ao envolvimento no polêmico esquema conhecido como Caixa de Pandora.

Na campanha de 2014, Arruda foi obrigado a deixar a disputa eleitoral, sendo substituído a poucos dias do pelito eleitoral daquele ano pelo médico Jofran Frejat (PL). A disputa foi vencida por Rodrigo Rollemberg (PSB).

Em 2018, Arruda novamente mobilizou sua equipe nas ruas, mas foi  impedido pela Justiça Eleitoral devido à sua inelegibilidade.

Já em 2022, tentou novamente ensaiar um mandato, e mais uma vez ficou de fora.

Atualmente, com a possibilidade de se livrar dos nove processos penais em que é acusado de corrupção, José Roberto Arruda já se movimenta com rapidez para entrar na cena política em 2026. Quer  recuperar o tempo perdido.

O político tem conversado reservadamente com seu ex-vice-governador Paulo Octávio, que também se envolveu  no mesmo escândalo que afastou Arruda do governo e o levou à prisão.

Octávio deve ser beneficiado nos oito processos dos quais é alvo. Arruda é filiado ao PL, enquanto Paulo Octávio é o controlador do PSD. Os dois se dão bem e compartilham da mesma coxia.

Nos bastidores, circula a notícia de que, no momento certo, Arruda deixaria o PL definitivamente e embarcaria no PSD de Paulo Octávio para disputar o governo do Distrito Federal.

Arruda confidencia que no PL já tem cacique demais. Prefere se juntar com PO.

Isso pode realmente acontecer. Nas eleições de 2022, que reelegeu o governador Ibaneis Rocha (MDB), Paulo Octávio rompeu a aliança  e lançou sua própria candidatura ao governo.

A entrada de Paulo Octávio na disputa acabou favorecendo o projeto político dos partidos de oposição, liderado por Leandro Grass, da federação PV/PT/PCdoB.

Ibaneis foi reeleito no primeiro turno, mas quase enfrentou um segundo turno devido à divisão do seu mesmo campo eleitoral causada por Paulo Octávio. Perderia se ocorresse.

Como na política tudo muda e se acomoda, Paulo Octávio, o “Midas” da construção civil do DF e seu PSD continuam na base de apoio ao governo Ibaneis Rocha.

É sabido que, em 2026, Paulo Octávio não será candidato a nenhum cargo.

No entanto, ele trabalhará mais uma vez pela candidatura de seu filho, André Kubitschek, conhecido como “P.ozinho”, que teve um projeto fracassado em 2022, apesar do enorme investimento financeiro em torno de seu nome.

Agora, André começou mais cedo. O rico garoto virou locutor de rádio no Distrito Federal, na tentativa de se tornar mais conhecido pela população. Mas isso é outra história.

O fato é que Arruda já está em campo.

Acorda cedo, percorre cidades, toma café e carrega crianças pobres no colo, como os políticos costumam fazer durante o período eleitoral. Arruda também passou ter uma forte presença nas redes sociais como nunca antes. Contratou profissionais para isso.

E olhe que a campanha no DF só ocorre em 2026. Se Arruda estar na área, tudo leva a crer que o “animal político” chega para dividir.

*Toni Duarte é jornalista e editor/chefe o Radar-DF, com experiência em análises de tendências políticas e comportamento social da capital federal. Siga o #radarDF

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