Acusado de desviar mais de R$ 120 milhões das doações feitas por fiéis à Basílica de Trindade em Goiás, Padre Robson está proibido de aparecer na televisão ou em qualquer transmissão feita pelo rádio, ou pela internet até pelo menos dia 23 de janeiro de 2021.
Ele tinha um programa diário na Rede Vida chamado “Divino Pai Eterno”, no qual trazia reflexões sobre textos bíblicos.
Padre Robson teria usado dinheiro da igreja para comprar imóveis que não tem relação com a instituição religiosa em que participa.
“A denúncia está causando escândalo entre os fiéis, está prejudicando a vida pastoral do Santuário do Divino Pai Eterno, a comunhão eclesial e a boa reputação do próprio sacerdote”, foi escrito em um trecho da limitação do exercício ministerial expedida pela Arquidiocese de Goiânia, segundo divulgado pelo jornal Extra.
“Para evitar escândalos e encorajar o clérigo a retomar sua boa fama, decreto: O Revmo. Pe. Robson de Oliveira Pereira está proibido de participar, realizar e protagonizar programas de televisão, rádio ou internet. Isso inclui conceder qualquer entrevista jornalística ou de natureza semelhante”, foi explicado em outra parte
Após o escândalo, o próprio Padre Robson pediu afastamento das suas funções e, além de não aparecer na TV, ele também não rezará missas e não precisará usar as vestimentas de padre em público.
Fora a lavagem de dinheiro, Padre Robson ainda pode estar envolvido em outros crimes, incluindo falsificação de documentos, sonegação fiscal e associação criminosa.
O Ministério Público iniciou a investigação após o pároco ser vítima de extorsão, que o levou a gastar R$ 2,9 milhões vindos da Associação Filhos do Pai Eterno (Afipe), que administra o Santuário Basílica de Trindade.