Dados do Observatório de Violência Política e Eleitoral da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro, lançados ontem (11), apontam que no Brasil foram registrados 214 casos de violência política nos primeiros seis meses de 2022.
Conforme os levantamentos, a violência de cunho politico cresceu 32% maior que os 161 episódios registrados no primeiro semestre de 2020, último ano eleitoral.
Apesar do crescimento no comparativo entre os semestres dos dois anos eleitorais, o último trimestre (entre abril e junho) de 2022 registrou queda de 10% no número de ocorrências no comparativo com os três primeiros meses deste ano.
O grupo, coordenado pelo professor Felipe Borba, considera violência política “qualquer tipo de agressão que tenha o objetivo de interferir na ação direta das lideranças políticas”, como atos para limitar atuação, silenciar, impor interesses e eliminar oponentes.
Os dados revelam que a violência política está em todo o país (apenas o Amapá não registrou nenhuma ocorrência no ano), reflete disputas locais e atingiu militantes de 23 partidos, sobretudo homens entre 40 e 49 anos.
Os casos mais comuns são de ameaças e agressões.
Ao longo do primeiro semestre foram registrados 19 casos de violência política contra militantes do PSD, 18 contra membros do Republicanos e 17 episódios contra integrantes do PT e do PL.