Cristovam Buarque não nega ser um politico eleito apenas para defender a Educação. Ao ser perguntado sobre a política de derrubadas de casas no DF, o ex-governador e senador Cristovam Buarque disse que Rollemberg não merece ser criticado por isto. “Ele apenas cumpre decisões judiciais”. Na visão ainda do senador, uma escola é mais importante do que uma moradia
m quase duas horas de sabatina realizada por blogueiros da ABBP (Associação Brasiliense de Blogueiros de Política), na segunda-feira (05), no plenário da Comissão de Educação do Senado, o senador Cristovam Buarque (PPS-DF) respondeu perguntas como a quebradeira do sistema de Saúde, sobre a bagaceira na Segurança Pública sem, no entanto, fugir do foco da Educação em que ele não nega ser um político eleito para defender professores categoria que ele se inclui. Ele disse que Rollemberg vai deixar o governo com um legado negativo por preferir ficar refém da crise econômica que assola o país.
Ao ser perguntado por Radar sobre que opinião teria da política de derrubadas de casas do governo Rollemberg, que já desabrigou mais de 20 mil pessoas nos últimos dois anos, Cristovam Buarque afirmou que o governador é obrigado a cumpri mandados da justiça e que os políticos não podem passar por cima de uma ordem judicial. “O governador não merece ser criticado por isto já que ninguém pode descumpri ordens da justiça”, defendeu.
Cristovam Buarque disse ainda: “O problema é que a terra que vem sendo ocupada é pública e todo mundo acha que tem o direito de ficar com um pedacinho. Os políticos foram os que mais distribuíram terras que não eram deles para enganar pessoas e agora o problema está aí”, afirmou o senador.
Para Cristovam que já foi governador do DF, a questão fundiária é um problema que vai muito além dos governos e para resumir ele afirmou: “Os políticos não podem passar por cima da justiça”.
Visão Radar
Brasília ainda se lembra de um dos episódios mais cruéis de sua história política: a Operação Tornado, nome dado ao processo de desocupação da Estrutural em 1998 em que foram mortos dois moradores durante as operações.
O governador era Cristovam Buarque que até hoje carrega com ele a consciência pesada de não ter feito nada para evitar o horripilante caso que ficou conhecido como o “Massacre da Estrutural”. Cristovam parece querer o mesmo pesadelo para o seu amigo Rollemberg ao defender o governo local quando afirma que o governador apenas cumpre determinação judicial ao derrubar casas habitadas por famílias hipossuficientes e com um grau de violência descomunal.
Até parece que o senador Cristovam Buarque torce para que o lamentável e violento episódio de 1998, ocorrido com o povo da Estrutural, seja reeditado em alguma parte do DF e que essa marca não seja apenas ele a carregá-la para toda a vida.
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