O deputado federal e presidente do PSD-DF, Rogério Rosso, admitiu durante a 27ª Sabatina organizada pela Associação de Blogueiros de Politica –ABBP, ocorrida na Associação Comercial do Distrito Federal, que a relação entre o seu partido, que detém a vice-governadoria no governo Rollemberg, nunca foi das melhores desde quando o governo ainda era de transição
Por Toni Duarte
“Um dia após a eleição do governador Rollemberg, quando iniciou o governo de transição, o PSD sequer foi convidado para as reuniões de governo. E nem nós nos convidamos, o que pode ser um grande erro nosso por não irmos à onde não somos convidados”, disse Rogério Rosso.
“A partir daí nós começamos a entender que a forma de trabalhar do governo Rollemberg era fechada e que tomou muitas decisões erradas que jamais deveriam ser tomadas se ele tivesse nos consultados”, completou.
Rosso afirmou que o governo Rollemberg rejeitou todas as bandeiras defendidas pelo PSD as quais estavam incluídas dentro da aliança programática construída por vários partidos que ajudaram em 2014 Rodrigo Rollemberg chegar ao Buriti.
Entre essas bandeiras apontadas por Rosso está a que dar autonomia financeira as administrações regionais do DF.
Ele afirmou que é contraproducente que um morador de Ceilândia ou de Planaltina que paga o IPTU e que tal recuso vá para um caixa e que será aplicado conforme as prioridades escolhidas pela Secretaria de Planejamento.
Outro exemplo de bandeira que o PSD que esperava que fosse aceita por Rollemberg, segundo Rosso, é a que defende a implantação de uma universidade estadual para que a UNB não fosse mais a única a controladora do ensino superior no DF.
Para o deputado o DF é um dos poucos entes federativos que não tem uma universidade estadualizada.
O presidente do PSD local admitiu que o governo socialista passou por uma situação difícil de caixa, “mas isso não é argumento para que o governo tome decisões equivocadas e optando apenas administrar problemas esquecendo-se da população”.
Cansado de tanto apanhar e de ser humilhado dentro do próprio governo, o PSD de Rosso deve tomar uma posição nos próximos dias sobre o seu rumo político em 2018. Deixou claro que não haverá mais aliança com Rollemberg.
Quanto ao vice-governador Renato Santana, que já foi demitido sem saber da administração de Vicente Pires no início do ano por Rollemberg, segundo Rosso vai continuar até o último dia do governo.
Em outras palavras: o PSD sai em parte sem largar o osso da vice-governadoria do pior governo da história do DF.