O governador Rodrigo Rollemberg, quer apagar da memória popular a humilhação, a violência e o terror que impôs às mais de 20 mil famílias que tiveram suas casas derrubadas, principalmente em áreas pobres do DF, desde o inicio do seu governo até dezembro do ano passado. O governador ordenou que a Agefis evitasse derrubar casas neste ano eleitoral porque agora é hora de buscar a reeleição
Por Toni Duarte
Enganar para chegar ao poder, foi a principal ferramenta utilizada por Rodrigo Rollemberg em 2014, e vai continuar sendo usada neste ano de 2018, quando o governador tentará a reeleição.
A primeira providência foi determinar ao chefe da Casa Civil, Sérgio Sampaio, presidente do Comitê de Governança do Território do DF (criado em 2015, para monitorar invasões de terras e programar derrubadas de casas em condomínios com processo de regularização), que ficasse quieto. Os tratores da Agefis estão proibidos de saírem às ruas.
O governo não pretende executar nenhuma ordem de derrubada de casas, mesmo aquelas sob determinação judicial, como as que estão previstas contra dezenas de prédios irregulares em Vicente Pires e em condomínios da região do Jardim Botânico, entre eles, o Estância Quintas da Alvorada.
A estratégia é usar o contraponto por meio da Procuradoria-Geral do DF e por alguns aliados “aparelhados” pelo governo dentro do Ministério Público e do próprio Poder Judiciário para fazer o jogo do “empurra-empurra” até passarem as eleições. Depois disso, é outra história: o pau vai comer solto.
Rollemberg não quer cair no erro do seu antecessor Agnelo Queiroz (PT), que em plena campanha eleitoral de 2014, ainda estava derrubando casas de condomínios no DF. Agnelo foi derrotado no primeiro turno.
Rollemberg aposta todas as fichas na “memória curta” da população e acredita que as centenas de lares e sonhos destruídos nos seus três anos de desgoverno serão completamente esquecidos.
Em um vídeo gravado e publicado na sua página pessoal do facebook, o governador Rollemberg aparece ao lado da administradora regional de Taguatinga como um homem “santo”, preocupado e solidário com as centenas de famílias que residem em prédios na QLN e QNJ diante de uma operação de derrubada programada pela Agefis.
Depois de deixar arrasadas e destruídas mais de 20 mil famílias entre moradores de condomínios e de áreas de interesses sociais da periferia de Brasília, Rollemberg, que não é besta, chegou à conclusão de quê é hora de recolher os tratores e recorrer à justiça contra decisões que determinem que o GDF derrube cercas e casas.
Rollemberg pode fazer a macaquice politica que quiser, mas quem apanha não esquece, governador!