Que ninguém subestime a construção política que vem sendo feita pelo presidente do PRB, (Partido Republicano Brasileiro), Wanderley Tavares, (foto em destaque) que vai muito além de alcançar a humilde meta inicial que era de eleger três deputados distritais e um federal em 2018. O PRB-DF, no atual cenário, quer muito mais: deseja liderar uma chapa majoritária ao Buriti ou, no mínimo, indicar nomes a senatória e a vice-governador
Por Toni Duarte
ausência de melhorias visíveis nos serviços públicos e na economia, bem como a rejeição do governador Rodrigo Rollemberg que chega a 72%, segundo pesquisa do Instituto Exata de Opinião Pública (Exata OP), publicada no mês passado, motivou o empresário e presidente do PRB, Wanderley Tavares a ser mais ousado. Ele formou uma composição que vai dar trabalho e já tem apoio de Cristovam, Reguffe e de Rogério Rosso para disputar o governo do Distrito Federal em 2018.
PRB, PSC, PHS e Podemos estão amarrados. Juntos se tornaram uma força eleitoral que atraiu o sonho de consumo político do senador Cristovam Buarque (PPS) e de Rogério Rosso (PSD). O senador se aproximou do PRB por enxergar na construção política de Wanderley Tavares, um nicho eleitoral que pode lhe proporcionar uma tranqüila reeleição ao Senado com a ajuda dos evangélicos. Cristovam tenta tapar o buraco ao perder o apoio de um histórico aliado, o PT, por ter votado a favor do impeachment de Dilma.
O caminho para o encontro com o dirigente da legenda da Igreja Universal do Bispo Macedo, ocorrida no mês de março, foi aberto pelo senador Reguffe (PDT) e pelo deputado distrital Júlio César (PRB). Cristovam fechou acordo em apoiar Wanderley para governador do DF o que ainda depende da liberação total do PPS, seu partido. O acordo de Cristovam foi acertado na presença do presidente nacional do PRB, Marcos Pereira, atual Ministro da Indústria, Comércio Exterior e Serviços.
Existe inclusive um áudio feito pelo senador Reguffe, que rola em recinto fechado, declarando apoio à candidatura de Wanderley ao governo do DF. Wanderley acredita que Reguffe, mesmo não sendo candidato em 2018, transfere para ele (Wanderley) de 200 a 300 mil votos para onde ele for. Pelo mesmo caminho trilha o deputado Rogério Rosso, presidente do PSD. Rosso quer apoio dos evangélicos para disputar uma das duas vagas ao Senado em 2018.
Wanderley também já conversou com o próprio governador Rodrigo Rollemberg. O PRB é da base do governo de Brasília. Se o governador na época estiver viabilidade política para se reeleger o grupo partidário de Wanderley o apoiará, mas reivindica a vaga de vice e exigirá os nomes de Rosso, Cristovam ou Chico Leite para a disputa das duas vagas ao Senado. Do outro lado (Izaci, Fraga, Frejat e Alirio), até agora nenhum deles conversou com os cristãos evangélicos.
O partido da Igreja Universal, comandado por Wanderley no DF, cresceu bastante nas eleições municipais deste ano. O PRB obteve o maior aumento na porcentagem de votos do que qualquer um dos dez partidos principais, obtendo 3,8 milhões de votos para prefeito no primeiro turno em todo o país.
Esse é um dado relevante que anima os dirigentes da legenda a ousar vôos maiores como a disputa majoritária nos Estados. No DF, os evangélicos estão unidos em torno do PRB (Igreja Universal), Podemos (Sara Nossa Terra), PSC (Assembleia de Deus) e PHS (pequenas congregações).
Um em cada cinco brasilienses é um cristão evangélico atualmente. As suas igrejas são instituições poderosas com forte presença nas redes, nas mídias e na juventude e têm um impacto enorme sobre a agenda política no DF.
O somatório desses partidos pode arrebatar cerca de 40% do eleitorado. A juventude é outro segmento visto pelos dirigentes dos partidos evangélico como principal motor eleitoral que fez a diferença nas eleições municipais desse ano como a vitória do prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella e fará em 2018.
Alessandro Paiva (PSB), administrador do Lago Sul se destaca no meio da juventude das igrejas evangélicas do DF. Em agosto, acontece a Conferencia da Juventude Evangélica. São cinco mil jovens desse segmento liderado por Paiva.
Um dos temas que será debatido no encontro é a caminhada dos cristãos evangélicos na busca por uma sociedade mais justa no DF e uma política nacional sem corrupção, fundamentada na ética.
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