O empresário que dirige uma multinacional israelense no Brasil e que já foi engraxate na porta do Ministério dos Transportes, Wanderley Tavares, 46 anos, diz que as péssimas gestões realizadas pelos políticos tradicionais fizeram surgir por todo o país, a exemplo de São Paulo, grandes líderes do setor produtivo focados nas eleições de 2018. A manifestação do empresário foi feita durante uma sabatina no “Senadinho da Boca do Povo”, do Jardim Botânico, ocorrida no sábado passado
Por Toni Duarte
Quem é o empresário brasiliense, presidente no Brasil da empresa israelense Juganu Brighter, uma multinacional líder em eficiência energética, que resolveu sentar à janela da frente das disputas para o governo do DF?
A indagação do grupo de lideranças comunitárias, que compõem o famoso “senadinho da boca do povo”, terminou em um convite feito a Wanderley Tavares para ir à feira do produtor do Jardim Botânico, onde ocorreu o encontro.
Direto ao ponto, o empresário afirmou que, como presidente do PRB-DF, está construindo um grupo capaz de chegar ao Buriti, com a adesão de vários partidos. “Temos um grande grupo político, temos partidos e propostas para vencer as eleições majoritárias no DF no próximo ano”, garantiu.
Ele afirmou ainda que o seu nome está entre os pré-candidatos a governador do DF, embora sendo o único integrante do seu grupo político que jamais disputou como candidato a cargos eletivos na vida. Apesar disso, Tavares demonstra traquejo no discurso ao sustentar com ênfases:
“Ninguém chega lá sozinho e sem uma proposta de governo que possa quebrar os paradigmas adotados até hoje pela velha política, embora alguns antigos estejam se qualificando, o tempo todo”, disse ele.
Para Wanderley Tavares quem decide quem vai ser candidato de um grupo é um conjunto de partidos.
“Por ter uma representatividade partidária e empresarial é lógico que estou me posicionando. Temos um grupo de respeito onde todos os pré-candidatos estão se respeitando. Penso que a política é uma democracia viva, e o diálogo é o melhor caminho para a sua efetivação”, destacou.
O dirigente do PRB-DF disse que se for o escolhido pelo seu grupo fará um governo de transferência e de conhecimento conectado à área tecnológica, como os que são praticados em várias partes do mundo, citando, como exemplo, o de Israel.
“Penso em uma Brasília inteligente, humana e igualitária, que saia da margem do empobrecimento cada vez mais visível por falta de emprego. Os governantes fazem gestão com o dinheiro da União e se danam a cobrar altos impostos, sem se preocupar em fortalecer o setor produtivo como gerador de renda e empregos para todos”, criticou.
Tavares disse que apesar da crise, quem tem um emprego público está garantido ao final de cada mês, e os que não têm encontram-se desempregados e passando fome com a família porque os geradores de emprego ou foram embora ou quebraram diante da falta de oportunidades.
“Reitero que Brasília não pode viver apenas do dinheiro da União e dos altos impostos. Ela tem que ser autossustentável. Temos uma cidade onde quem quer construir não constrói porque a expedição de um simples alvará demora de três a quatro anos”, disse.
No conceito de Wanderley Tavares o gestor tem que pensar o governo como uma empresa cujo dono é o povo e não ao contrário.
Ao avaliar o governo Rollemberg, o presidente do PRB-DF apontou que o governador iniciou um governo com muitas dificuldades, não pelo que ele diz ter recebido, mas por estar enfrentando uma das piores crises políticas e econômicas da história do país sentida por todos.
“O governador é bem-intencionado, mas os quadros que ele tem não conseguem corresponder”, finalizou.
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