Dois pedidos de anulação das buscas e apreensões realizadas pela PF (Polícia Federal) nos gabinetes do deputado Paulinho da Força (Solidariedade-SP) e Rejane Dias (PT-PI), foram encaminhados pela Câmara ao STF.
Por enquanto, a Polícia Legislativa pode barrar qualquer aproximação da Polícia Federal as dependências do Congresso para executar busca e apreensão em gabinetes de parlamentares investigados.
As operações, segundo o documento enviado pelo presidente Rodrigo Maia (DEM-RJ), colocam “claramente em risco o pleno e regular exercício do mandato”.
No documento, foi solicitado que as investigações, que correm fora do STF, sejam enviadas à corte.
Ontem a PF entrou no gabinete da deputada Rejane, com a autorização da ministra Rosa Weber.
A Polícia Federal mira a deputada federal Rejane Dias, mulher do governador do Piaui Wellington Dias. Antes do mandato ela foi secretária estadual de educação.
A polícia investiga suspeita de desvios de recursos do Fundeb e do PNATE em superfaturamento de contratos de transporte escolar.
Na semana passada, o presidente do Congresso, Davi Alcolumbre (DEM-AP), agiu para impedir uma busca e apreensão no gabinete do senador José Serra (PSDB-SP).
O presidente do Senado acionou o presidente do STF, Dias Toffoli, para que a ação da Polícia Federal fosse suspensa.
Na ocasião foram cumpridos quatro mandados de prisão temporária e 15 de busca e apreensão em endereços ligados a Serra e pessoas suspeitas de participarem de um esquema de doações ilegais de campanha.