Jair Bolsonaro, pré-candidato a presidente da República e o Alberto Fraga pré-candidato a governador do Distrito Federal não foram econômicos nas críticas desferidas contra Lula, contra Temer e contra o governador Rodrigo Rollemberg. O primeiro disse que Lula tem que ser preso; que a deputada Maria do Rosário é corrupta e que o PT tem que acabar. Já o deputado Fraga reafirmou que Rollemberg é um governador mentiroso por prometer muito e não ter feito nada
ontinua repercutindo a entrevista feita pelo jornalista Ricardo Noronha com o deputado federal Jair Bolsonaro (PSC-RJ) e com o deputado federal Alberto Fraga (DEM-DF), levada ao ar pelo programa SOS Brasília da Rede TV no último domingo. Bolsonaro disse que o maior escândalo de corrupção do mundo, revelado pela operação lava jato, envolve quase 100% da classe política brasileira do Congresso Nacional.
“A gente precisava passar por esta situação, abrindo a barriga do paciente e retirar o que está podre lá dentro”, disse ele ao se referir ao país vítima da roubalheira do dinheiro público praticada por políticos bandidos.
Ele disse que há uma expectativa muito grande por parte da sociedade brasileira que espera pela delação premiada de Leo Pinheiro. O executivo da OAS, segundo prevê Bolsonaro, vai entrar no intestino da Engevix , empreiteira enrolada nos casos mensalão, petróleo e Eletronuclear esquema de propina conectado com a Casa Civil do governo Lula.
“É na Engevix que está o grosso dos deputados do PT que recebeu dinheiro de forma indevida, como a Maria do Rosário que alega que a propina recebida por ela foi para fazer negócios para os direitos humanos dentro do Estado mais pobre do Brasil, o Maranhão. A melhor coisa que ela poderia fazer para os direitos humanos era não se corromper”, afirmou.
Jair Bolsonaro exaltou como “muito importante” os movimentos de rua como os que foram mobilizados em 2015 e 2016 pelo “Limpa Brasil”, frente popular coordenada pelo jornalista Ricardo Noronha, que serviram de combustível para aprovação do impeachment da presidente Dilma e para que a operação Lava Jato do juiz Sérgio Moro prosseguisse no combate a corrupção.
“Acho agora que a equipe da lava jato está precisando de mais combustível popular, já que medidas dentro do Congresso Nacional estão sendo tomadas na tentativa de criminalizar o abuso de autoridade com o objetivo de calar a boca do juiz Sérgio Moro e de sua equipe para que não haja investigação pra mais nada”, alertou.
Fraga discorda de Bolsonaro neste ponto
Diferente do que defende Bolsonaro, o deputado federal Alberto Fraga (DEM-DF) diz ser a favor do PLS 280/2016, proposta que tipifica crimes por abuso de autoridade a qual será votada nesta quarta-feira, 26, em Brasília. A proposta, de autoria do senador Renan Calheiros (PMDB-AL), investigado na Lava Jato, ganhou força na Casa no mesmo mês em que o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, enviou ao Supremo Tribunal Federal 83 pedidos de abertura de inquérito com base em delações premiadas de executivos e ex-executivos da Odebrecht.
Fraga disse que tudo que é feito para frear os excessos cometidos por autoridades, e entre eles está o Ministério Público, logo se houve a história de que é uma tentativa para barrar a lava jato. “Ninguém pode ser contra o projeto de abuso de autoridade. O abuso existe por parte daqueles que exercem o poder”, disse.
Fraga lembrou que ficou oito anos “sangrando” por uma acusação que, ao final, o Supremo Tribunal Federal chegou a conclusão de que a denúncia era inepta por absoluta falta de provas.
“Enquanto isso, permaneci por oito anos respondendo por um crime de peculato que não cometi. Quem é que paga isso? Tem que haver um freio. Não somos contra a lava jato ou qualquer outro tipo de apuração. Agora tem que haver uma disciplina. Um policial quando atira na hora errada, responde pelo crime; o médico ao cometer um erro, também responde. Por que um promotor não pode responder por ter praticado um excesso?”, questiona
Sobre Rodrigo Rollemberg, o deputado Fraga o comparou a um enganador, sem prática administrativa e que só foi candidato ao governo do DF porque tinha ainda quatro anos de Senado para onde foi eleito graças aos votos dados por Cristovam Buarque.
“Rollemberg está provocando um grande mal ao Distrito federal. É um mal irremediável que vai durar no mínimo dez anos para que se tire do DF do buraco. É um governador mentiroso que prometeu muita coisa e não fez nada”, apontou Fraga.
VEJA PARTE DA ENTREVISTA NO SOS BRASÍLIA DE RICARDO NORONHA
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