O anúncio feito pela Petrobras, sobre a adoção de um novo modelo para definir seus preços, que vinham sendo praticados desde o governo de Michel Temer (MDB), é a prova de que quando um governante quer, faz.
Enquanto Lula “abrasileirou” o preço dos combustíveis, Bolsonaro não conseguiu a mesma façanha, mesmo trocando o comando da presidência da Petrobras por quatro vezes, durante o mandato.
Como não conseguiu ganhar a queda de braço com a estatal, o governo bolsonarista preferiu seguir pelo caminho mais fácil: cortou impostos estaduais e federais cobrados sobre gasolina, diesel e gás de cozinha.
As desonerações eleitoreiras, feitas apenas para tentar ganhar as eleições do ano passado, agora fazem falta ao caixa do poder público para realização de investimentos, com governadores com o pires na mão, tentando buscar um solução negociada junto ao Ministério da Fazenda.
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Ao tomar posse em janeiro desse ano, Lula focou na Petrobras, exigindo mudanças na política de preços, criticou o valor de distribuição dos dividendos da estatal e cobrou que o lucro da estatal fosse revertido em investimentos pelo país.
A reação deu certo. Ontem a empresa anunciou que a nova política de preços dos combustíveis, sinaliza um esforço de mediação entre os interesses dos acionistas e o papel social da estatal defendido pelo governo.
*Toni Duarte é Jornalista e editor do Radar-DF. Siga o #radarDF