O Partido dos Trabalhadores do ex-presidente Lula, perdeu a disputa em várias cidades, não irá administrar nenhuma capital e viu crescer o peso de outros nomes na esquerda, em especial do PSOL, que ganhou em Belém e virou protagonista em São Paulo, com Guilherme Boulos.
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Ontem Boulos reconhecer a vitória de Covas, citou várias lideranças de outros partidos e falou em um projeto para o futuro:
“Queria agradecer a políticos como o ex-presidente Lula, Ciro Gomes, Marina Silva, Flávio Dino. Vou trabalhar para que, o que a gente construiu e uniu aqui em São Paulo, sirva de inspiração para o Brasil, para ajudar a derrotar o atraso e o autoritarismo. Vou estar à disposição da luta do povo em São Paulo e no país”, disse.
O cientista político Carlos Melo, professor do Insper (Instituto de Ensino e Pesquisa) diz que em dois anos muita coisa pode mudar no xadrez político, mas ressalta que o desempenho de Boulos abre, sim, alternativas na esquerda à hegemonia petista.
“Parece óbvio que Guilherme Boulos, mesmo perdendo, sai vitorioso dessas eleições. Ele sai como uma nova liderança representativa no campo da esquerda, como se fosse um pop star em substituição a outro pop star, já antigo e desgastado, que é o ex-presidente Lula”, disse.
Segundo o analista, pela primeira vez, o PT estará em situação complicada em 2022 para impor seus nomes na briga nacional. “É como um jogo de futebol. O PT está em campo, mas se mostra cansado, sem desempenhar bem suas funções, tendo no banco de reserva um jogador mais novo que se mostra disposto a tentar algo para mudar a partida. Tem muito jogo até as próximas eleições, as coisas podem mudar, mas essa é a projeção que saem das urnas agora”, afirmou.
Com informações Uol