O senador Hélio José (PMDB-DF), diferente dos dois outros senadores do DF que parecem viver em outro planeta, bem como da omissa maioria dos políticos do Distrito Federal, resolveu empunhar a bandeira contra as derrubadas de casas praticada por um governo terrorista que usa de violência descomunal contra centenas de famílias, onde mulheres, crianças e idosos são as suas maiores vítimas. “Isso é um crime contra os direitos humanos”, disse ele no “senadinho” do Jardim Botânico.
senador peemedebista não se fez de rogado e nem cheio de frescuras (como fez o presidente da Câmara Legislativa, deputado Juareizão), ao ser convidado pelo “Senadinho da Boca do Povo” do Jardim Botânico, grupo de lideranças da comunidade que se reúne periodicamente todos os sábados na feira do produtor da cidade.
Hélio José compareceu no último sábado (26), para dizer o que pensa do governo Rollemberg em relação a má gestão da máquina pública que transformou a saúde em um caos; que não cumpri os reajustes salariais com as categorias dos servidores públicos e que destrói impiedosamente as casas de centenas de famílias que moram em áreas irregulares.
Ele reforçou o convite aos moradores da maior cidade condominial do DF, para a audiência pública que será realizada pelo Senado da República no próximo dia 5 de dezembro, a partir das 14 horas, no auditório Petrônio Portela.
“É importante convocar os mais diversos setores da sociedade para se mobilizarem contra este governo que espanca, que manda prender ilegalmente gente indefesa e que já destruiu centenas de casas de famílias hipossuficientes que ficaram desamparadas no meio da rua. Esse governo não merece a clemência da sociedade”, disse o senador.
Ao grupo composto por servidores públicos, empresários, advogados, militares, jornalistas, feirantes e outros profissionais liberais que compõe o colegiado, criado para debater os assuntos relevantes do Jardim Botânico e do Distrito Federal, Hélio José disse que a grave questão fundiária que afeta quase 2 milhões de pessoas do DF e do Entorno não pode ser tratada de maneira irresponsável ou fingir que o problema não existe.
“Estamos diante de uma situação grave. Não é derrubando casas que o Estado vai resolver as ocupações de áreas irregulares onde as famílias estão morando por falta de opção de uma política habitacional que possa regularizar quem já mora há muitos anos como na 26 de Setembro ou nos condomínios consolidados”, apontou.
No DF, mais de um terço da população mora em condomínios horizontais que precisam ser regularizados. Hélio José faz parte desse contingente populacional que mora em condomínio.
“Como morador de condomínio e membro da importante comissão dos Direitos Humanos do Senado Federal não posso ficar calado diante de tamanha violação aos direitos fundamentais do cidadão como vem ocorrendo no Distrito Federal”, disse ao se referir aos episódios violentos praticados pela Agefis durante uma operação de derrubadas no Morro da Cruz, bairro de São Sebastião.
Ele defendeu a extinção da Agefis e lembrou que essa era uma das boas propostas de Jofran Frejat, ex-candidato ao governo do DF em 2014. O senador disse ser a favor de um pacto que envolva todos os partidos, os órgãos do governo federal e do GDF, bem como o Ministério Público e o Poder Judiciário, além de todos os setores da sociedade organizada para que juntos possam devolver a paz e a segurança jurídica à população que habita nas áreas irregulares.
Para o senador, quem mora em um lote onde a CEB fornece a energia elétrica, onde o governo cobra o IPTU como ocorre nos condomínios do DF e em áreas de interesses sociais, não pode ser chamado de grileiro ou de bandido como é chamado por alguns agentes públicos da Agefiz.
Por fim, o senador Hélio José afirma: “a população do DF não quer esmola. Quer ter o direito de ser útil, o direito de morar naquilo que é seu, o direito de ser respeitado”.
VEJA O SENADOR NA TV RADAR
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NOTA EXPLICATIVA
O “Senadinho da Boca do Povo” é um fórum de discussão criado por um grupo de líderes comunitários da região do Jardim Botânico que tem o objetivo de debater temas políticos de interesse da sociedade do Distrito Federal. O senadinho é um fórum apartidário, funciona todos os sábados na Feira do Produtor, o maior centro de convergência da comunidade do Jardim Botânico e tem como regra sabatinar personagens da política brasiliense.
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