Após a queda do viaduto do “Eixão Sul” no mês passado, a ameaça de desmoronamento da torre de TV, conforme indica um laudo técnico em posse da Novacap, bem como o descarrilamento de um trem do Metrô de Brasília, revela que o governo está em ruínas. Mesmo assim, a oito meses das eleições, Rollemberg não perde a pose: coloca a culpa no passado e faz promessa que irá resolver tudo caso seja reeleito. Você acredita?
Por Toni Duarte
É voz corrente em Brasília, que diz que a mão de Deus operou no momento certo para que centenas de pessoas, que transitavam por baixo e por cima do viaduto do Eixão Sul, não fossem esmagadas pelos milhares de toneladas de concretos podres e ferro retorcidos que desmoronaram na manhã do dia 06 de fevereiro.
A queda do viaduto provocada por falta de manutenção, cuja situação precária era do conhecimento do governador e de seus auxiliares ligados a Novacap não produziu vítimas graças a Deus.
Na última quarta-feira (28/2), a mão de Deus voltou agir durante o descarrilamento de um trem velho, desgovernado e sem passageiros ocorrido entre as estações Águas Claras e Arniqueiras.
O estrago foi grande mais também não houve vítimas.
Agora uma nova tragédia anunciada está preste acontecer. O site “Quidnovi” do jornalista Mino Pedrosa, publicou na quarta-feira (28/02) um laudo técnico com o resultado de perícia técnica que conclui a gravidade do estado de degradação na estrutura da Torre de TV de Brasília.
O laudo foi feito pela empresa Concrepoxi Engenharia LTDa e pela J.L.C Engenharia de Projetos LTDa. Segundo os técnicos, o laudo é do conhecimento de Márcio Buzar (DER), Júlio Menegotto (Novacap) e do próprio governador Rollemberg.
A Torre de TV Brasília inaugurada em 1967 para receber as antenas de emissoras de rádio e televisão, é um dos monumentos mais procurados na Capital Federal, com média de mil visitantes por dia.
Com 230 metros de altura, o atrativo turístico, estrategicamente localizado no centro da cidade, foi criada pelo arquiteto e urbanista Lúcio Costa, tendo como inspiração a Torre Eiffel de Paris.
No caso do viaduto do Eixão Sul, por onde passam cerca de 50 mil veículos por dia, segundo o Departamento de Estradas de Rodagem (DER), não há expectativa de que as obras de recuperação sejam concluídas antes do término do mandato do pior governador da história de Brasília, de acordo com dados revelados pelas pesquisas de avaliação do governo.
Em 2014 quando era candidato ao Buriti Rodrigo Rollemberg, se enfiou no meio do povo na Rodoviária central de Brasília e fez a promessa de que faria a ampliação do metrô. Agora menos de 1 ano para o fim do mandato ele volta a fazer promessa de que tudo ficará resolvido se o povo o reeleger.
Em janeiro desse ano o Ministério das Cidades liberou R$ 289,2 milhões do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC Mobilidade Grandes Cidades) mediante uma contrapartida do governo de Brasília de R$ 43,7 milhões.
A verba vai custear três conjuntos de obras:
• Modernização da Linha 1, que custará R$ 129 milhões — R$ 112,6 milhões de Orçamento-Geral da União e R$ 16,3 milhões de contrapartida do governo de Brasília. O montante será utilizado para ampliar a capacidade dos sistemas instalados, com avanço tecnológico.
• Investimento de R$ 186,5 milhões, sendo R$ 162,8 milhões da União e R$ 23,6 milhões de contrapartida do DF, para expansão de 3.680 metros do trecho de Samambaia e a construção de duas estações, ciclovias, viadutos rodoviários, bem como passagens para pedestres, paraciclos e estacionamentos de superfície.
• Construção de um viaduto na Estrada Parque Indústrias Gráficas (Epig), em ligação do Parque da Cidade e o Sudoeste. São R$ 17,7 milhões, sendo R$ 13,8 milhões, União R$ 3,8 milhões de contrapartida local. Esse montante compreende ainda a implementação de corredor exclusivo de ônibus no Eixo Oeste.
A expectativa do governo Rollemberg é a de que a licitação seja lançada no segundo semestre deste ano e que as obras sejam concluídas no final de 2019, quando certamente, conforme revelam as pesquisas, Rollemberg não será mais o governador de Brasília. A voz de Deus é a voz do povo.