O deputado Alberto Fraga (DEM-DF), deu entrada com um requerimento pedindo a instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), para investigar a roubalheira do dinheiro da Cultura por meio da lei Rouanet, durante o governo petista. Fraga afirma que até casamentos de celebridades foram bancados com o dinheiro público.
Operação Boca Livre, da Polícia Federal que investiga desvios de R$ 180 milhões e que cumpriu nesta terça-feira (28), 14 mandados de prisão temporária e 37 mandados de busca e apreensão em São Paulo, Rio de Janeiro e no Distrito Federal, todos expedidos pela 3ª Vara Federal Criminal em São Paulo, pode evoluir para uma CPI, caso o requerimento do deputado Alberto Fraga seja acatado pela mesa diretora da Câmara dos Deputados.
Em discurso, o parlamentar pediu ao presidente interino da Câmara, Valdir Maranhão, que não cometa o mesmo equívoco cometido com a “CPI da UNE” que vem procrastinando a pedido do governador do Maranhão, Flávio Dino, que é do PCdoB, partido que preside a UNE há duas décadas.
Fraga afirmou que as investigações sobre a roubalheira do dinheiro da cultura que revela fraudes e o desvio de R$180 milhões é apenas o início do mau uso dos recursos oriundos do Ministério da Cultura durante o governo petista.
“O nosso requerimento solicitando a instalação da CPI da Lei Rouanet é necessário porque esta mais do provado o esquema de ladroagem e aqueles parlamentares que já se posicionaram contra que assumam que estão defendendo bandidos que precisam ir pra cadeia por terem roubado o dinheiro do povo”, acusou.
Segundo a Policia Federal, há indícios de que as fraudes ocorriam de diversas maneiras como a inexecução de projetos, superfaturamento, apresentação de notas fiscais relativas a serviços/produtos fictícios, projetos simulados e duplicados, além da promoção de contrapartidas ilícitas às incentivadoras.
Desde o ano passado a Policia federal já vinha investigando os desvios de recursos da lei Ruanet que bancou até festa de casamento custeada com dinheiro público obtido por meio da legislação. O Grupo Bellini, que atua há 20 anos na área cultural, seria o cabeça do esquema.
O dono da empresa, Antônio Carlos Bellini, foi preso junto com a mulher. De acordo com investigadores, o casamento bancado com dinheiro de benefícios foi de um parente de Bellini. A festa teria sido realizada na badalada praia de Jurere Internacional, em Florianópolis.
Há indícios de que dinheiro da cultura serviu para patrocinar o casamento de Preta Gil, ocorrido no ano passado. Ela é filha do cantor Gilberto Gil e ex-ministro da Cultura no governo Lula. O valor do casório teria custado em R$ 2 milhões.
Questionado o cantor Gilberto Gil disse que a Preta ganhou muitas coisas e quase tudo da festa foi presente. “Ela foi a primeira filha que casou de verdade com essa coisa toda que ela merece. Fiquei muito feliz e emocionado. Entrei na igreja com ela e o filho dela, meu neto. Foi lindo e eu até chorei.”
Postado por Radar
VEJA VÍDEO DO FRAGA: