Sem papas na língua, Fraga foi ao “Senadinho da Boca do Povo” , no último sábado, para dizer o que pensa do governo Rollemberg e para reafirmar o seu total apoio à candidatura de Jair Bolsonaro a Presidência da República. Fraga também reiterou que é um dos pretensos candidatos a governador pelo seu grupo político, que reúne os seis maiores partidos do DF, como o PMDB, DEM, PP, PSDB, PR, PTB
Por Toni Duarte
“O povo não é burro e já decidiu que Rollemberg deve ser riscado de vez da vida pública e sairá corrido de Brasília por ser um incompetente e por ter levado a cidade para o fundo do poço”, disse o deputado federal Alberto Fraga (DEM), ao ser sabatinado por lideranças comunitárias na Feira do Produtor do Jardim Botânico.
Fraga disse que a bancada de deputados federais liberou este ano R$ 140 milhões para o DF e que o governador não sabe o que fazer com os recursos que estão retornando aos cofres da União porque o governo de Brasília não tem projetos.
“Há um abismo entre o discurso da mentira de Rodrigo Rollemberg e a realidade que vive o povo de Brasília. Esse governador é um zero à esquerda. Ninguém sabe o que ele está fazendo com um orçamento anual de mais de 40 bilhões de reais para administrar uma cidade que tem tem grande parte da população jogada ao desemprego, a fome e a violência.
Para Fraga, a criminalidade é um dos temas que mais afligem o brasileiro, em especial os quase três milhões de brasilienses pelo gigantesco índice de assaltos, roubos e assassinatos que o governo faz questão de maquiar criminosamente os números na tentativa de esconder a real situação.
Ele afirma que a população do DF está sendo enganada por um governante que gasta milhões de reais com publicidade. Só nos últimos três meses foram 72 milhões de reais, em propaganda, para mostrar um “DF bonitinho” apenas na TV.
“A Segurança Pública só funciona na propaganda, mas na realidade o crime está devastando Brasília porque as forças de Segurança estão sucateadas. Ele mostra na propaganda de TV uma saúde pública eficiente, mas na realidade o povo está morrendo na porta dos hospitais por falta de remédio”, apontou.
Fraga disse que, na semana passada, a Câmara Legislativa aprovou, as escondidas, mais uma autorização para Rollemberg gastar R$ 24 milhões do povo em propaganda enganosa. “Esse dinheiro está sendo tirado de áreas prioritárias, como para fazer obras de captação de água em um momento em que a população do DF é obrigada a fazer racionamento. O deputado disse que a única proeza de Rollemberg foi a de destruir Brasília e a autoestima de sua gente.
Ele lembrou que o primeiro ato do governo Rollemberg foi derrubar as cercas dos quintais das casas no Lago Norte e no Lago Sul para mostrar para os pobres que ele não tem medo dos ricos. “Feito isso, ele foi para cima dos pobres derrubando suas casas deixando mais de 20 mil famílias ao relento. Esse governador é um desavergonhado”, disparou.
Fraga disse que Rollemberg nasceu de bunda pra lua porque não tinha voto para se eleger a senador, mas chegou lá graças à ajuda de Cristovam que, segundo ele, o carregou nas costas.
Para ele, José Roberto Arruda ganharia aquela eleição de 2014, “mas foi tirado do páreo por obra do Ministério Público e da Justiça”. Foi dessa forma, segundo Fraga, que Rollemberg conseguiu chegar ao governo.
Ainda sobre esse tema, o deputado afirmou que a política está criminalizada e judicializada no país. “No tempo em que os ministros do Supremo Tribunal Federal não eram celebridades de TV, a justiça era mais séria e todos acreditavam. Hoje, os ministros estão sempre querendo ser protagonistas de alguma coisa e a justiça deixou de ser séria e poucos acreditam nela”.
Fraga disse que está no quarto mandato de deputado, mas que não se presta a ser vaca de presépio e que ninguém lhe põe o cabresto.
“O único dono do meu mandato é o povo. Luto por aquilo que a sociedade cobra. Ao longo da minha vida pública ninguém me acusa de omisso, incoerente, de incompetente ou de frouxo. Fui o pioneiro na luta pelo desarmamento e continuo lutando. Acho uma imbecilidade o Estado desarmar o cidadão e deixar o bandido armado para matar pessoas de bem.
O coronel Fraga disse que não gosta de bandido e que passou 28 anos na PMDF correndo atrás de facínoras e colocando-os na cadeia.
“Quem me deu um mandato de deputado federal foi a cidade de Ceilândia por ter livrado a comunidade dos criminosos. A Ceilândia era a uma rocinha dentro do DF. Quando eu briguei com o PT os petistas espalhavam por aí que eu era o chefe do esquadrão da morte. Não tenho dor na consciência por ter enviado bandidos para os quintos dos infernos em situações de confronto com a polícia. Eram eles ou nós policiais. Quem atira na polícia tem que receber a bala de volta.
Para Fraga, a polícia está enxugando gelo. “Inventaram agora uma desgraça chamada audiência de custódia que a primeira pergunta que um juiz faz ao meliante é se ele foi maltratado pela polícia. Como isso pode funcionar? O meu mandato é usado em favor da segurança pública por que sem ela a sociedade estaria sendo saqueada pelos bárbaros.
Sobre as articulações políticas para o próximo ano Alberto Fraga disse que o grupo que reúne os maiores partidos do DF reafirmou o compromisso na segunda-feira passada de caminharmos juntos.
“Aquele que não cumprir com a palavra mostrará que não tem caráter. Nesta segunda teremos outra reunião com esse grupo já trazendo outros partidos com o objetivo de sedimentar o caminho para resgatar Brasília.
JAIR BOLSONARO
“Conheço Bolsonaro. É um homem honesto inteligente e não é homofóbico como querem pintar o deputado por estar em segundo lugar na corrida presidencial do próximo ano e por não restar nenhuma dúvida de que será o presidente do Brasil. Quanto mais a imprensa viciada bate mais ele cresce. Quem vota em Bolsonaro não é sem vergonha. Vota nele porque está cansado da safadeza na política. Ele defende as causas que eu sempre defendi como a redução da idade penal, somos contra o desarmamento e porque não gostamos de bandidos. Bolsonaro é um homem que valoriza a família brasileira”.
PATRIOTA
Sobre o Patriota, Fraga disse que Bolsonaro ainda não assinou a ficha de filiação ao partido que substituiu o PEN, mas que tem um acordo com a direção de que a legenda não lançará candidato a governador em Brasília. “Esse é o compromisso que o Bolsonaro tem comigo. Conversei com ele na última quarta-feira sobre isso”, disse.
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