Os deputados federais do DF, Paula Belmonte, Erika Kokay, Luís Miranda e Israel Batista, mais uma vez, votaram contra a aprovação da “PEC dos Precatórios”, proposta do governo federal que abre folga de R$ 91,6 bilhões no Orçamento federal para viabilizar o Auxílio Brasil.
O instrumento que irá ajudar aliviar a fome de 17 milhões de brasileiros, que estão na extrema pobreza, em decorrência dos impactos causados pela pandemia, foi aprovado em segundo turmo nesta terça-feira (09), pelo plenário da Câmara dos Deputados.
LEIA MAIS
Para salvar a própria pele, Reguffe renega Moro e sinaliza apoio a Ciro Gomes
Dos oito deputados da bancada brasiliense, quatro deles formaram o time dos contra.
No final, a proposta foi aprovada por 323 votos e segue agora para o Senado.
O Auxílio Brasil, novo programa social, que substituirá o Bolsa Família, prevê o pagamento de R$ 400 para milhares de famílias em situação vulnerável.
Retrato da pobreza no DF
Com a pandemia, a capital federal passou, também, fazer parte do retrato da fome que assola o país.
No DF o único segmento não atingido pela falta de comida na mesa, foi o de funcionários públicos que tiveram seus contracheques assegurados, mesmo afastados do trabalho em decorrência das medidas sanitárias e preventivas contra a covid.
Mais privilegiados ainda, ficaram os políticos como Erika Kokay (PT), Paula Belmonte (Cidadania), Luís Miranda (DEM) e Israel Batista (PV).
Nenhum deles passaram fome como a maioria absoluta das famílias da Cidade Estrutural, por exemplo.
Um exército de trabalhadores do setor de serviços ficou sem as mesmas garantias de contracheques, já que as empresas para as quais trabalhavam, na sua maioria, fecharam as portas para sempre.
A crise sanitária fez sucumbir o comércio informal.
O vendedor de espetinhos da esquina teve que desmontar sua humilde barraca e depender da solidariedade de alguém para levar um pouco de comida.
Os auxílios emergênciais, instituídos pelo governo federal e pelo governo local foram alguns dos instrumentos de ajuda momentânea a quem passa fome.
Apesar da diminuição da força da pandemia no Distrito Federal e no resto do país, por conta da vacinação contra covid, eis que surge uma nova calamidade humana: a fome.
É nesse contexto que os nobres deputados, barriga cheia, preferiram virar as costas contra uma medida que visa socorrer os mais necessitados.
A PEC dos Precatórios, enviada pelo governo à Câmara, cria regras para o pagamento de dívidas decorrentes de decisões judiciais, e abre caminho no Orçamento para a implantação do Auxílio Brasil.