Nem bem assumiu o cargo, Rafael Parente futuro secretário de educação do governo Ibaneis, sofre processo de desgaste desnecessário no meio da maioria dos professores por querer manter nos cargos os mesmos coordenadores regionais de ensino do desastrado governo Rollemberg. Dois aliados do atual governo vem exercendo poder de influência sobre o futuro secretário que não conhece nada de Brasília
Por Toni Duarte//RADAR-DF
Que Rafael Parente é um dos grandes gestores da área da educação no país, isso ninguém tem dúvida pelo grande currículo e pela forma de gestão inovadora que implantou por onde passou.
No entanto, o gestor anunciado pelo governador eleito Ibaneis Rocha, para tirar a educação do atoleiro que foi submetida nos quatro anos do governo Rollemberg, está longe de enxergar as armadilhas que colocaram a sua frente.
Nos últimos dias, Rafael Parente não faz nada sem ouvir os seus dois conselheiros de confiança Helen Falcão de Carvalho e Fábio Pereira de Sousa.
Helen foi coordenadora jurídica e legislativa na Secretaria da Saúde e saiu de lá para a Secretaria de Educação depois que foi arrastada para dentro da CPI da Saúde que apurou o escândalo de corrupção, investigada pela “Operação Drácon da Policia Civil e do Ministério Público.
Fábio Pereira de Sousa foi subsecretário de Planejamento, Acompanhamento e Avaliação Educacional da Secretaria de Educação do DF até antes do início do período eleitoral quando deixou o cargo para se candidatar a deputado distrital.
A pedido de Helen e Fábio, o futuro secretário Rafael Parente tende a permitir que os 14 coordenadores regionais e seus assistentes, a maioria filiados ao PSB, partido de Rodrigo Rollemberg, a se candidatarem ao cargo.
Um indicativo de que não será um processo nada democrático e nada transparente na escolha dos coordenadores regionais de ensino do governo Ibaneis. Tudo pode continuar o mesmo.
Fábio Pereira também estaria orientando o futuro secretário de não aceitar palpite ou intromissão de nenhum político, seja ele deputado federal, senador ou distrital.
A falta de alternância na escolha dos novos coordenadores regionais de ensino começa a colocar o futuro secretário de educação em rota de colisão com a maioria dos professores do Distrito Federal por não está escutando a base.
Professores de Santa Maria dizem por exemplo, ao Radar, que apaniguados de Rollemberg colocaram o futuro secretário de Ibaneis em uma bolha onde vive em um mundo fictício.
“Reconhecemos a qualificação dele, mas está fazendo besteira ao manter uma máfia política no comando das regionais de ensino sem ao menos consultar o governador eleito se deve fazer isso ou não”, diz um professor da regional de ensino do Paranoá e eleitor de Ibaneis Rocha.
O nome de Rafael Parente foi colocado ao governador Ibaneis Rocha em meio a outros cinco nomes inquestionáveis pela idoneidade e pela capacidade técnica para comandar a Secretaria de Educação do DF.
Sem conhecer Rafael Parente o governador o escolheu por ter informações do estilo renovador na área da educação do futuro secretário.
Rafael já deu mostras que tem projetos audaciosos e possíveis de realização para fortalecer a educação do Distrito Federal e tirar o ensino do fundo do poço como foi demonstrado pelos índices do Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica (Saeb), dados que medem o nível dos alunos do ensino básico de todo o país divulgados em agosto desse ano.
O futuro secretário se quiser se manter em pé, terá que se livrar das sombras que ajudaram a transformar a educação em uma tragédia.