Deputados e ex-deputados distritais, que passaram pela Câmara Legislativa nos últimos dez anos, estão com suas atividades sendo investigadas pela Polícia Civil e pelo Ministério Público do DF. Vários estão na mira pela prática de fraudes na folha de presença no plenário, uso ilegal da verba indenizatória e outras atividades consideradas suspeitas e duvidosas. A situação está deixando muitos parlamentares sem dormir
Por Toni Duarte//RADAR-DF
Ao menos cinco quilos de documentos, além de dados garimpados de computadores estão sendo analisados minuciosamente, há nove dias, pela Polícia Civil em conjunto com o Ministério Público.
Na quinta-feira da semana passada (11), as autoridades do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), resolveram dá uma batida, como se fala no jargão policial, em um alvo do 5º andar da Casa Legislativa.
A operação encheu um malote de documentos que, de acordo com as investigações, comprometem vários distritais e ex-distritais que ganhavam dinheiro sem trabalhar ou que faziam o uso indevido da gorda verba indenizatória que sustentam a atividade parlamentar e outros vícios.
O calhamaço de documentos, pescado por agentes e promotores de justiça, jogam luzes muito além das folhas de presença no plenário da casa em que o deputado Robério Negreiros (PSD) é acusado de assinar mesmo estando com a família turistando nos Estados Unidos.
Em meio aos documentos o nome do deputado Agaciel Maia apareceu em forma de notas fiscais encontradas na sala da Diretoria Legislativa comandada pelo Arlécio Alexandre Gazal.
O diretor estar nesta função desde o surgimento da Câmara Legislativa, criada pela Constituição Federal de 1988 e foi o criador do regimento interno da Casa.
Durante esse longo período Gazal construiu uma estreia relação com parlamentares que já passaram; com os que continuam ou com os que se elegeram pela primeira vez na eleição do 2018.
A ex-mulher do diretor legislativo trabalha no gabinete de Maia, por exemplo.
Mas as investigações não param por aí.
Há fortes indícios de que alguns deputados usaram a verba indenizatória para pagamento de leasing, uma espécie de contrato de arrendamento mercantil, ou em termos mais simples, para aluguel do carro por um período estabelecido em contrato.
Daí o aluguel de possantes de luxo em que algumas de vossas excelências esnobam até nas portas das academias ou de finos restaurantes.
As autoridades estão fazendo um minucioso levantamento sobre o esquema que deixa muitos parlamentares em situação complicada e tenebrosa.
Haja lexotan e rivotril!