O deputado distrital Eduardo Pedrosa disse que o Estado, não pode continuar mantendo empresas que não conseguem se auto sustentar. A afirmação foi feita durante um encontro com blogueiros de política, ocorrido na noite desta terça-feira (07/08).
Privatização de empresas públicas tornou-se a principal pauta na ordem do dia da Câmara Legislativa, pós recesso do meio do ano.
Para o deputado Eduardo Pedrosa, o governador Ibaneis está no caminho certo ao tomar a decisão de privatizar empresas que dão prejuízos ao contribuinte e não prestam bons serviços à população.
“A sociedade precisa saber como o governo vai vender essas empresas. É preciso que o governo tome muito cuidado para não vender uma empresa como a Caesb, por exemplo, que deve 1 bilhão e 200 milhões e que tem o valor de mercado de R$800 milhões e ainda deve mais R$200 milhões de impostos. A pergunta é: O Estado, após a venda, vai continuar com dívidas ? Isso precisa ser discutido”, observou o distrital.
Ele disse que o debate sobre o assunto da privatização será intenso e tenso na Câmara Legislativa por envolver interesses, sejam eles do governo; de uma parcela da população, que acha que o Estado tem que carregar tudo nas costas e de servidores públicos que certamente pressionarão para que não sejam penalizados com a venda de empresas aos quais servem.
“Se me perguntarem hoje, se sou a favor da privatização de empresas públicas que não conseguem se auto sustentar, e que dependem do erário para sobreviver, respondo que sou. O governador Ibaneis estar certo ao querer trazer esse assunto para ser debatido com a sociedade, já que é ela quem pagar os prejuízos”, disse.
Eduardo Pedrosa defende e tem uma visão de que a concorrência é o ponto de equilíbrio do livre mercado, cujo resultado é a redução dos preços dos serviços oferecidos a população.
“Não adianta privatizar a CEB (Companhia Energética de Brasília) se o fornecimento de energia continuar monopolizado pela única empresa que comprou a Companhia Energética. Talvez não tenhamos prestação de bons serviços e custos menores para a população. É trocar seis por meia dúzia.”, apontou.
O distrital afirmou ainda, que apesar de ser a favor da venda de empresas deficitárias do DF, no entanto, deixou claro de que a sua posição vai depender muito do projeto a ser apresentado pelo governo na Câmara.
“Se chegar uma proposta diferente do que eu imagino vou ter que reavaliar a minha posição. Sou da base do governo, mas tenho que votar em projetos que sejam bons para a população”, sustentou.
Por fim, o parlamentar alfinetou, sem citar nomes, alguns integrantes da equipe do governo que, na sua opinião, o governador Ibaneis Rocha precisa dar um choque e acabar com as inúmeras “ilhas” que se formaram ao seu redor.
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