Por ter deliberadamente bagunçado a nossa economia, que colocará em dificuldade a maioria do povo brasileiro, a presidente Dilma merece sem dúvida ser punida com o impeachment. Todavia, o Eduardo Cunha é uma questão diferente. Trata-se uma aberração que, usando de meios espúrios, sequestra a funcionalidade da Câmara dos Deputados e chantageia os outros Poderes. Faz bem a Procuradoria Geral da República em pedir ao Supremo o afastamento dessa verdadeira fraude ao Parlamento Brasileiro.
procurador-geral da República, Rodrigo Janot, apresentou na tarde desta quarta-feira (16) ao Supremo Tribunal Federal (STF) um pedido de afastamento cautelar de Eduardo Cunha (PMDB-RJ) do cargo de deputado federal e de presidente da Câmara.
Janot explica em seu pedido que Cunha usa seu cargo para interesse próprio e fins ilícitos e enumera 11 fatos que comprovam que o presidente da Câmara usa seu mandato de deputado e o cargo de presidente para constranger e intimidar parlamentares, réus colaboradores, advogados e agentes públicos, com o objetivo de embaraçar e retardar investigações contra si.
O PGR argumenta que o afastamento de Cunha é necessário para garantir a ordem pública, a regularidade de procedimentos criminais em curso perante o STF e a normalidade das apurações submetidas ao Conselho de Ética.
Conforme o pedido, tanto as acusações de corrupção e lavagem de dinheiro (Inq 3983), quanto a investigação por manutenção de valores não declarados em contas no exterior (Inq 4146), podem acarretar a perda do mandato de Eduardo Cunha, seja pela via judicial ou no campo político-administrativo, o que autoriza a medida cautelar de afastamento do cargo. Para o PGR, os fatos retratados na petição são anormais e graves e exigem tratamento rigoroso conforme o ordenamento jurídico.
Postado por Radar