Fragmentada em quatro pedaços a oposição ao pior governo da história de Brasília, fica para trás neste início do jogo político que começou nesta segunda-feira (06/08), com os pré-candidatos ao Buriti definidos pelas convenções partidárias, cujo prazo encerrou no domingo (05)
Por Toni Duarte//RADAR-DF
Entre todos os pré-candidatos, o atual governador do DF, Rodrigo Rollemberg (PSB), galopa na frente e pode se reeleger. Nunca uma eleição foi tão fácil como esta que será enfrentada pelo atual governador na corrida pela sua reeleição.
Na de 2014 o socialista surgiu com 2% da intenção de votos e conseguiu colocar fora do primeiro turno o então governador Agnelo Queiroz (PT), e venceu no segundo turno o candidato de última hora Jofran Frejat (PR).
Quatro anos depois, Rodrigo Rollemberg revelou-se pior que Agnelo por não cumprir promessas feitas, deu calote nas 32 categorias de servidores público, acabou com a educação, detonou com a segurança e matou a saúde e quem precisou dela.
Rollemberg investiu na política de destruição de casas e de sonhos e neste ano eleitoral debocha do povo ao afirmar que “Brasília está no rumo certo”, mesmo com viadutos desabando e com o desemprego que tirou dos postos de trabalho mais de 200 mil trabalhadores.
Mesmo carimbado pelo forte sentimento popular que beira 80% de rejeição, como o pior governador da história de Brasília, no entanto, RR, que nasceu com aquilo voltado pra lua, pode se reeleger facilmente.
O governador tirou novamente a sorte grande de ser favorecido por uma oposição burra, incompetente, negocista e dividida em quatro.
O surgimento de uma nova e alucinada versão de uma terceira fase da Operação Caronte, da Polícia Civil e do Ministério Público do Distrito Federal, em torno de uma suposta máfia que envolve notórios personagens do mercado funerário do DF, apavora Eliana Pedrosa, candidata ao Buriti que tem Alírio Neto (PTB) como vice.
Por causa dos fantasmas que ameaçam surgirem dos túmulos dos cemitérios de Brasília, a inflada campanha da candidata do Pros, que resplandecia numa eficiente pré-campanha de mídia que revelava Eliana como exemplo de mulher corajosa, determinada e, sobretudo, competente, parece ter se tornado em um balão cada vez mais murcho, ao contrário do que revela uma pesquisa fajuta.
Um certo desânimo vem abatendo tanto Eliana como o seu vice Alírio. Este último, que se comportava como um ferrenho critico de Rollemberg, por meios de blogs, tomou doril e nega que tenha dito isso ou aquilo contra o governador. Pelo andar da carruagem ficarão mais quatro anos sem mandato.
Nos últimos dois dias que levaram ao encerramento das convenções partidárias o que o povo do DF viu foi cada um achando que é o dono absoluto do voto e da alma do eleitor brasiliense.
Alberto Fraga (DEM) com o apoio de Arruda (PR), se anunciou postulante ao Buriti numa cruzada arriscada que pode o levar a ficar sem mandato e sem o controle do partido no DF após as eleições.
Izalci Lucas (PSDB), o “candidato Ioiô”, trilha pelo mesmo caminho, já que dificilmente se elegerá senador pela “chapa pé quebrado” de Alberto Fraga.
A escolha de Izalci foi comemorada por antecipação pela ex-tucana e hoje socialista de plantão, Maria de Lourdes Abadia pré-candidata a deputada federal.
Com o apoio de Rollemberg ela luta para se eleger e como deputada federal fazer o caminho de volta a ninho tucano. Para isso contará com a autorização do PSB e o apoio do governador.
Nesta segunda (06/08), partidos como o DEM, PSDB, MDB, PP, PR e Avante voltaram a sentar à mesa para tentar a união que não tiveram a capacidade e nem a humildade de construir desde quando reuniram pela primeira vez em dezembro de 2016. Mais uma vez não deu certo.
Assim como Fraga, o advogado Ibaneis Rocha (MDB), que nunca disputou uma eleição na vida bateu o pé sem abrir para o outro a cabeça da chapa.
Sem acordo a situação ficou bastante difícil para os postulantes ao cargo de deputado federal e para deputado distrital.
O perigo da derrota ronda algumas candidaturas propaladas de “vitoriosas” como a de Flávia Arrua, mulher do ex-governador José Roberto Arruda.
A pré-candidatura de Rogério Rosso (PSD), é outra que não decola. A coligação construída por Cristovam Buarque (PPS), foi feita apenas para elegê-lo, pela terceira vez, como senador da República.
Por ter um vice evangélico ligado à Igreja Universal, Rosso resume Brasília a um templo religioso ao afirmar que a sua principal bandeira de governo é a de defender as igrejas evangélicas.
Diante do cenário político, apresentado pelas convenções, finalizadas no último domingo, leva os analistas políticos a cravar uma opinião: “a oposição ao governo Rollemberg foi derrotada por ela mesma”, dizem. Alguém tem dúvida disso? Deus salve Brasília!
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