As declarações de Roberto Jefferson, presidente nacional do PTB, de que uma aliança nacional com o PSDB estaria condicionado ao apoio do presidenciável Geraldo Alckmin a Alírio Neto, pré-candidato petebista ao Buriti, foi classificada por tucanos do DF, como um “achaque eleitoral, oportunista e desagregadora”. O tucanato brasiliense vai continuar defendendo, junto à direção nacional do PSDB, a pré-candidatura de Izalci ao governo do Distrito Federal
Por Toni Duarte//RADAR-DF
O clima entre os 10 partidos que formam o bloco da terceira via, denominado de grupo das “Madalenas Arrependidas”, não é nada bom depois das declarações feitas pelo presidente do PTB nacional, Roberto Jefferson.
Na semana passada o presidente da legenda afirmou, de forma categórica, que uma aliança com o PSDB de Geraldo Alckimin só seria possível se o presidenciável tucano apoiasse a candidatura do ex-deputado distrital Alírio Neto (PTB) ao governo do Distrito Federal.
Apesar de Izalci ter minimizado as declarações de Jefferson, no entanto alguns tucanos classificaram a atitude como um “achaque eleitoral, oportunista e desagregadora”.
Os tucanos do DF estariam dispostos a continuar brigando dentro do PSDB,, para garantir a pré-candidatura do deputado Izalci Lucas ao Buriti, independente de qual seja a aliança feita entre o PTB e o PSDB nacional.
Izalci Lucas, que é presidente do PSDB-DF, travou brigas homéricas dentro do seu próprio partido para garantir o projeto de candidatura própria nestas eleições e o compromisso de fazer o palanque político do presidenciável Geraldo Alckmin aqui no DF.
As declarações de Roberto Jefferson esquentou o clima no grupo das “madalenas” que já não é mais de paz e amor e pode afetar a aliança partidária para as eleições desse ano.
Há quem assegure que por trás das palavras de Roberto Jefferson, estaria o interesse de Alírio Neto de dar o troco em Izalci, por causa do acontecido na última reunião do grupo, ocorrida na casa do tucano no Lago Sul.
O tucano teria insinuado ser ele o cabeça da chapa, já que nas pesquisas estaria mais bem avaliado do que Alírio. O petebista não gostou.
O problema é, que cada um desses personagens jura de pés juntos que um está melhor do que o outro.
A briga silenciosa entre Izalci e Alírio teria desequilibrado a harmonia do grupo, segundo um filiado ao PSC, partido dirigido por Zenóbio Rocha, seguidor de carteirinha do deputado federal Izalci Lucas. O PSC iria para onde Izalci for.
O deputado federal Rogério Rosso (PSD-DF), estaria propenso a deixar o barco das “madalenas arrependidas” por acreditar que a cisão entre o PTB e PSDB desarrumaria a nominata que garantiria a sua reeleição a Câmara Federal. O senador Cristovam do PPS tem a mesma dúvida.
Um tucano de alta plumagem que defende Izalci e o seu projeto de ser candidato a governador pelo partido nestas eleições confidenciou ao Radar que o deputado federal não abre mão do projeto.
No entanto, isso pode mudar se a ordem vier de goela abaixo com Geraldo Alckmin preferindo Alírio. Segundo ele, Izalci manteria a sua candidatura a deputado federal e se vingaria apoiando Jofran Frejat Governador. Será?