Rafael Parente, futuro secretário de Educação do governo Ibaneis (MDB) pode não permanecer por muito tempo no futuro cargo por ter escolhido como seus conselheiros, aliados de confiança do governador derrotado Rodrigo Rollemberg (PSB). Pelo menos é o que prevê um importante membro do governo de transição. No mesmo cenário tem quem prefere analisar que o futuro secretário pode cair por uma tremenda “cama de gato” armada pelo fogo amigo
Por Toni Duarte//RADAR-DF
A sexta-feira (14/12) fechou sob pressão política dentro do quartel general do governador eleito Ibaneis Rocha no Centro Internacional de Convenções de Brasília (CICB), onde funciona o governo de transição.
O primeiro pepino que o governador eleito terá que resolver, é se mantém ou não o agente de polícia e ex-deputado distrital Wellington Luiz (MDB) como futuro presidente do Metrô de Brasília.
O MPDF alertou o advogado e futuro governador que a lei federal nº 13.303/16 não permite a nomeação em empresas públicas de pessoas que tenham atuado na direção de partido político ou feito campanha eleitoral nos últimos três anos. É o caso de Wellington Luiz. O mesmo alerta foi dado pelo Radar no dia 28 de novembro, Relembre Aqui.
A outra dor de cabeça de Ibaneis Rocha girou em torno do nome de Rafael Parente escolhido para ser o futuro secretário de Educação do Distrito Federal.
Deste quando aterrissou perla primeira vez em Brasília após ter seu nome anunciado como futuro secretário de Educação, Rafael Parente, por afinidade, tornou como seu principal conselheiro e orientador o quase vitalício subsecretário de Planejamento, Acompanhamento e Avaliação Educacional da Secretaria de Educação Fabio Pereira de Sousa.
Outra figura de confiança do futuro secretário é Helen Falcão de Carvalho, coordenadora jurídica e legislativa da Secretaria de Educação. O nome de Helen para tal posto foi uma indicação pessoal da também advogada Gabriela Rollemberg filha do atual governador.
Já Fábio Pereira, ocupa o cargo de subsecretário de Planejamento, Acompanhamento e Avaliação desde o governo Arruda (PR), passando pelo Governo Rosso (PSD) se mantendo no de Agnelo Queiroz (PT) e permanecendo no governo Rollemberg (PSB) de onde se afastou em maio para disputar a eleição como deputado distrital, mas não conseguiu se eleger na eleição passada.
Ontem, na reunião ocorrida na regional de ensino de São Sebastião, a insatisfação tomou conta do ambiente. O trio parada dura (Rafael, Fábio e Helen) impuseram de cima para baixo o formato nada democrático que manterá o mesmo esquema de poder de mando nas Regionais de ensino.
As 14 regionais de ensino que divide o DF exigem alternância no poder. O problema surgido das ruas bateu forte à porta do governo de transição nestes 17 dias que faltam para a posse do novo governador e de seus auxiliares.
Um ibaneisista bem posicionado no governo de transição, que pediu o sigilo da fonte, disse ao Radar que pelo andar da carruagem o futuro secretário pode não sobreviver por muito tempo como tal.
A mesma fonte avalia como uma pessoa difícil e que não estaria atendendo nem mesmo os conselhos da deputada federal eleita Paula Belmonte (PPS) que teria indicado o nome de Rafael Parente ao governador Ibaneis.
A pasta de Educação é a mais importante na estrutura do governo a começar pelo bilionário orçamento. A Câmara Legislativa deve votar a Lei Orçamentária Anual (LOA) na próxima semana, direcionando à Educação o montante de R$ 7,9 bilhões, valor 6,4% superior ao estimado em 2017.
Os subsídios, bem maior do que o da saúde, serão usados com construções e reformas de escolas, por exemplo. Vale tudo pela disputa do bolo. Rafael tende a ser engolido pela sua própria sombra.