Pelo menos dois candidatos ao governo do Distrito Federal começam a chamar a atenção do Ministério Público Eleitoral e dos demais concorrentes pela prática de abuso de poder econômico nestas eleições. O primeiro, segundo algumas coligações, seria o milionário advogado Ibaneis Rocha (MDB), que está investindo, no viés legal, mais de R$ 5 milhões na campanha. O outro é o atual governador Rodrigo Rollemberg. A megaestrutura montada pelo socialista, que busca a reeleição, estaria sendo monitorada pelo MPE-DF
Por Toni Duarte//RADAR-DF
Nestes 19 dias de disputa pelo Buriti entre os onze candidatos a governador, alguns já se destacam no olhar dos demais concorrentes, e do próprio Ministério Público Eleitoral, com indícios de abuso de poder econômico.
Apesar de ainda está no rabo da fila das pesquisas eleitorais, registradas no Tribunal Regional Eleitoral, como nas duas últimas realizadas pela DataFolha e Ibope, o advogado milionário Ibaneis Rocha (MDB), navega em céu de brigadeiro pelo menos nos braços de centenas de cabo-eleitorais espalhados por todo o DF.
Como na política não existe almoço de graça e ninguém morre de amores por nenhum candidato, paira um forte indício de abuso de poder econômico na campanha do emedebista.
No outro lado, a estrutura montada pelo governador Rodrigo Rollemberg, que conta com uma forte campanha nas redes sociais, que envolve um batalhão de profissionais gabaritados e de alto custo, também não está passando por despercebido pelo Ministério Público Eleitoral.
Neste caso, além do abuso do poder econômico tem ainda o abuso do poder político. Quem não caminha com o chefe governador pode perder o emprego.
Segundo informações obtidas pelo Radar o órgão fiscalizador estaria monitorando a campanha do socialista.
Além disso, pesa contra RR a grande participação de comissionados em suas caminhadas pelo DF. Pela lei, servidores do GDF estão proibidos de fazer campanha ao lado do governador-candidato a reeleição. O uso da máquina pública é visível.
Se o MP está de olho nas ricas campanhas do chamados endinheirados, os candidatos sem dinheiro, mais ainda.
Coligações como a capitaneada pelo DEM de Alberto Fraga e pelo PSD de Rogério Rosso estão se mobilizando no viés jurídico para provocar a Justiça Eleitoral sobre o alvissareiro mercado da compra do voto estabelecido no Distrito Federal.
EM TEMPO: Entre as condutas ilícitas praticadas nas campanhas eleitorais e que conduzem à inelegibilidade do candidato por oito anos, conforme a Lei da Ficha Limpa (Lei Complementar nº 135/2010), estão o abuso do poder econômico e o abuso do poder político. As definições de abuso do poder econômico e abuso do poder político podem ser encontradas no Glossário Eleitoral, disponível na aba “Eleitor” do Portal do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).