A renúncia de Jofran Frejat, anunciada na última terça-feira, de que não seria mais candidato ao Buriti, já é assunto passado, enterrado e esquecido ao menos para os integrantes da mega coligação partidária que está sendo formada pela a união de partidos como o DEM, MDB, PSD, PPS, PP, PSDB, PRB, AVANTE, PHS, DC e PSC. A nova formação partidária, além de lutar para eleger o próximo governador do DF, tem o objetivo também de extirpar da política brasiliense o ex-governador José Roberto Arruda, acusado de arrancar Frejat do jogo quase ganho
Por Toni Duarte//RADAR-DF
Ontem, quarta-feira (24/07), foi um dia em que os dirigentes dos maiores partidos do DF deixaram o ego de lado e partiram para a construção da união com vistas a superar a crise política provocada pela renúncia de Frejat, ocorrida no dia anterior.
Até a próxima semana, um nome será escolhido pelo grupo para liderar a chapa majoritária. Na avaliação de um cacique político esse será o processo mais difícil a ser tomado pelo grupo, que tem Rogério Rosso (PSD) Alberto Fraga (DEM) e Izalci Lucas (PSDB), todos com pré-candidaturas anunciadas pela disputa do governo do Distrito Federal.
Dos três postulantes, a decisão da escolha pode ficar entre apenas dois: Rosso ou Fraga.
Embora Izalci Lucas, imponha o seu nome de forma irredutível como pré-candidato, no entanto o que pesa contra o tucano é que ele não agrega eleitoralmente, além de aparecer na rabeira de todas as pesquisas de intenção de votos realizadas até agora.
Mas se todos estão unidos para derrotar no primeiro turno Rodrigo Rollemberg (PSB), e matar a eleição no segundo turno, também estarão unidos para se vingarem de Arruda deixando o PR isolado.
Todos acham que Arruda foi o mentor das tramas que levou a desistência de Frejat que liderava uma coligação partidária capaz de vencer o governo do DF no primeiro turno das eleições desse ano.
Alguns caciques partidários arriscam em afirmar que a desistência de Frejat vai muito além das justificativas, consideradas sem pé nem cabeça, dadas pelo ex-secretário de saúde que desesperançou a população de sonhar com uma Brasília melhor.
Dois dias sem Frejat no jogo, as atenções dos caciques partidários se voltam para um ponto até agora sem uma resposta plausível.
Qual o conteúdo da tensa conversa que teria acontecido entre Arruda e Frejat, na saída de uma reunião/almoço, ocorrida no dia anterior a última sexta-feira 13?
Os detalhes da conversa podem também ter sido a principal causa que tirou Frejat do jogo, conclusão nossa.
Voltando a nova configuração política que reúne os maiores partidos do DF, as legendas estabeleceram um pacto para vetar qualquer aproximação do “endiabrado careca do cerrado”. Isolado, o PR sem Frejat, pode fazer um deputado federal e 1 distrital.
Os deputados distritais como Agaciel Maia, Sandra Faraj e Bispo Renato terão que se rebolar para voltar à Câmara Legislativa.
A saída de Frejat, empurrou também para o fio da navalha as pré-candidaturas dos sem-mandato, Alexandre Bispo e o médico Gutemberg Fialho. Eles são candidatos a distrital. Todos estão avaliando se vale a pena continuar ou não.