A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) foi alvo de uma operação, nesta terça-feira (18), pela Polícia Federal. Um dos investigados é um servidor, suspeito de receber propina para beneficiar empresas.
Até o momento, foram cumpridos cinco mandados de busca e apreensão, em Brasília e em São Paulo (SP). Ex-funcionários comissionados da ANTT também estão sendo investigados. A corporação apura se eles tiveram acesso indevido a informações privadas do órgão e usaram em próprio benefício.
A investigação conta com apoio da Controladoria-Geral da União (CGU). A ação teve início a partir de informações encaminhadas pelo Ministério da Infraestrutura. As buscas realizadas nesta terça têm como objetivo arrecadar provas para dois inquéritos em trâmite.
Em um dos documentos, apura-se sobre o servidor, que ocupava o cargo de superintendente de Transporte de Passageiros da agência. A suspeita é que ele tenha solicitado propina para beneficiar empresas.
Segundo a Polícia, o outro inquérito averigua se ex-comissionados da agência acessaram informações internas da autarquia, de forma indevida. Os acessos teriam sido permitidos por um assessor técnico de transporte internacional da ANTT.
Em nota, a PF informou que “uma das investigadas, mesmo após o término de seu vínculo com a ANTT, continuou acessando, por cerca de um ano, as estruturas físicas e sistemas internos da agência. Foram identificados 17.989 acessos indevidos”.
Se as suspeitas forem comprovadas, os investigados podem responder por corrupção passiva, associação criminosa, violação de sigilo funcional e usurpação de função pública.