O deputado Lira (PHS), subir no trio elétrico para defender o governo. Foi vaiado, xingado e depois expulso do local. O motivo foi a morte de quatro pacientes ocorridas na semana passada na UPA de São Sebastião que encheu de revolta a população que resolveu se manifestar na porta da Unidade de Pronto Atendimento, ameaçada de fechar por falta de médicos e enfermeiros.
efender o indefensável virou uma tarefa muito difícil, principalmente para os deputados da base do governo que ousam se indispor com uma população abandonada de tudo, como a de São Sebastião. Há quem diga que o único grande feito do Governo de Brasília em uma das cidades mais pobre do DF foi o de derrubar casas nas comunidades do Morro da Cruz, Capão Comprido e Vila do Zumbi, deixando muitas famílias pobres ao desabrigo.
A cidade que deveria ser defendida pelo único deputado da região, se sente traída em suas justas reivindicações. Com 130 mil habitantes, a cidade de São Sebastião pena na área de infraestrutura, Saúde e Educação. A esperança de que essa situação pudesse ser melhorada surgiu com a eleição de Ivonildo de Lira em 2014 e que até no ano passado morava na cidade mas trocou de endereço por uma cidade melhor : Águas Claras.
Desde o inicio do primeiro mandato, Lira detém uma fatia do bolo no Governo. Controla os cargos da Administração de São Sebastião e em troca dá amem na Câmara Legislativa aos interesses do Governo de Brasília.
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Na sexta-feira (12), o distrital tentou convencer a população de que o problema da Saúde não é apenas no DF, mas de todo o Brasil. Foi vaiado, xingado e obrigado a descer do trio elétrico onde a população fazia uma manifestação contra o fechamento do único hospital da cidade e onde haviam morrido quatro pacientes, entre eles uma criança do Morro da Cruz.
O governo tenta desativar completamente a Unidade de Pronto Atendimento. Em agosto do ano passado, a Secretaria de Saúde do Distrito Federal chegou a tomar uma medida, em conjunto com o Conselho Regional de Saúde, de suspender a pediatria por falta de profissionais. Chegaram à conclusão que as mulheres grávidas e as crianças que nascem em São Sebastião não têm direito a esse atendimento a não ser que recorram ao Hospital Regional do Paranoá. Na semana passada quatro pacientes vieram a óbito, e pasmem: três em um só dia.
O Radar apurou que três dos quatro óbitos foram provocados pela falta de exame eletrocardiograma. Pra quem não sabe, o eletrocardiograma (ECG) é um exame que verifica a existência de problemas com a atividade elétrica do coração. É um procedimento rápido, simples e indolor, no qual os impulsos elétricos do coração são amplificados e registrados em um pedaço de papel. O exame pode detectar arritmias, aumento de cavidades cardíacas, patologias coronarianas, infarto do miocárdio, entre outros diagnósticos.
Uma fonte consultada por Radar, informou que o eletrocardiógrafo, aparelho que realiza o exame, há tempo não funciona. Ou seja: os pacientes morreram após sofrer infarto do miocárdio dentro do próprio hospital. Além disso, a UPA de São Sebastião não tem ambulâncias e até agulhas adequadas para injetar medicações no paciente faltam no estoque. Desse jeito, é melhor morrer em casa do que nos hospitais do Governo Rollemberg.
Da Redação Radar