O esquema de segurança montado para a votação do impeachment da presidente Dilma Rousseff no Senado Federal foi coordenado pela Secretaria de Estado da Segurança Pública e da Paz Social a partir do Centro Integrado de Comando e Controle Regional do Distrito Federal (CICCR), localizado no prédio do Subsecretaria de Integração de Operações de Segurança Pública (Siosp), ao lado da SSP.
Desde 13 de março, início do período de manifestações neste ano, os dirigentes dos órgãos de segurança pública têm se reunido no CICCR para o monitoramento da área central de Brasília durante a realização de protestos. O acompanhamento permite a tomada de decisões em tempo real, já que, da Sala de Comando, é possível ver toda a extensão da Esplanada.
As câmeras também permitem chegar ao detalhamento das situações que ocorrem no local, com poder de aproximação capaz até de identificar suspeitos. “É uma ferramenta ágil de trabalho que temos usado de maneira exaustiva para a integração e a prevenção de conflitos”, afirma a Secretária de Estado da Segurança Pública e da Paz Social, Márcia de Alencar.
De março para cá, já aconteceram pelo menos seis grandes manifestações na Esplanada dos Ministérios que, juntas, reuniram 250 mil pessoas. Em nenhuma delas, houve ocorrências policiais graves. A manifestação mais emblemática ocorreu no último dia 17 de abril, quando o impedimento da presidente Dilma Rousseff foi votado na Câmara dos Deputados e o governo de Brasília executou a primeira fase da Operação Esplanada.
Operação Esplanada
Durante as duas fases da Operação Esplanada, dois grupos de manifestantes antagônicos compartilharam o mesmo espaço físico – o gramado da Esplanada dos Ministérios, o que, até então, não tinha acontecido na história do Distrito Federal. “Foi um exemplo de integração e eficiência do Sistema de Segurança Pública do DF”, destaca a secretária da Segurança Pública, Márcia de Alencar.