O Corpo de Bombeiros e a Polícia Militar do Distrito Federal está incluso no rol dos poucos espaços no Governo que não são controlados por políticos. No caso do CB, no entanto, a saída do Subcomandante e o anúncio da aposentadoria do Comandante-Geral , prevista para fevereiro, começa a criar um sentimento de incertezas e insegurança na caserna. Saiba porquê
Por Toni Duarte
Políticos ligados a base aliada do governo de Brasília se digladiam para tornar o CBMDF em um curral eleitoral visando o voto de cabresto dos seus membros nas eleições do próximo ano.
A largada da corrida para abocanhar os Bombeiros foi dada a partir da última terça-feira (05), com a publicação da portaria no Diário Oficial do GDF que anuncia a aposentadoria do subcomandante Alexandre Costa Oliveira. Em fevereiro será a vez do Comandante Geral, Hamilton Santos Esteves Júnior a entrar para a reserva remunerada.
O Coronel Costa e o Comandante Hamilton sãos dois grandes oficiais respeitadíssimos na Corporação por terem imprimido uma gestão de valorização profissional dos seus comandados sem se submeterem as ingerências políticas que se sobrepõe ao verdadeiro mérito profissional dentro de uma instituição militar e que causa o desconforto interno e desmotivação da tropa.
A pergunta que não quer calar é: o que pode acontecer com o CBMDF com a saída dos dois oficiais em um momento que se aproxima as eleições em que políticos se articulam junto ao governador Rodrigo Rollemberg para indicar nomes que possam atender aos seus caprichos?
É notório o sentimento de preocupação da tropa. Alguns militares temem a partidarização da corporação com foi no passado. Quem não rezava na cartilha era perseguido e nem era promovido.
Há o receio de que a interferência política na escolha do próximo Comando – Geral do CBMDF venha contaminar a gestão do futuro Comandante, o deixando submisso a alguém que dará as cartas a bel prazer.
“O risco para isto acontecer é grande”, conta ao Radar um oficial que teme a partidarização do Corpo de Bombeiros neste momento em que muitos candidatos, alinhados ao governo, tentam botar seus tentáculos dentro da corporação para se locupletarem com o voto de cabresto. Ou vota ou não é promovido.
Esse alarme, segundo ele, já vem tocando algum tempo, mas sempre rechaçado pelo Cel. Costa e pelo Comandante Hamilton. No conceito da caserna, os políticos passam e a instituição Copo de Bombeiros Militares do Distrito Federal, com mais de 160 anos de história, fica.
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