Em pouco mais de um ano para as eleições majoritárias de 2018, os políticos de Brasília se acomodam em três grupos (esquerda, centro e centro direita) na corrida pelo poder. Entre as três vias a mais fragilizada é a que pertence ao governador Rodrigo Rollemberg que dá sinais de não querer disputar a reeleição e não encontra um nome sequer para substituí-lo. Entre a direita e o centro há uma disputa frenética para aumentar a musculatura política
Por Toni Duarte
Nomes como Cristovam (PP) , Frejat (PR), Fraga (DEM), Izalci (PSDB) e Joe Valle (PDT) tem sido disputados dia e noite por Alírio Neto presidente do PTB-DF e pelo empresário Wanderley Tavares, presidente do PRB-DF.
O presidente petebista constrói desde o final de ano passado um grupo de centro direita em que quem tiver melhor avaliado eleitoralmente em março do próximo ano será o escolhido pelo grupo como candidato a governador do Distrito Federal.
O mesmo critério está sendo adotado pelo presidente do PRB, Wanderley Tavares que nas últimas duas semanas tem entabulado conversas com Cristovam Buarque (PPS), Reguffe e Joe Valle (PDT). Alírio também já conversou com os três.
Com uma rejeição que vai além dos 80%, o governador Rodrigo Rollemberg (PSB) aposta no peso da máquina governamental para tentar amarrar alguns partidos em torno dele, como o próprio PRB de Wanderley Tavares, bem como atrair o PSDB de Izalci para o projeto de continuação do governo socialista. Neste ultimo caso, é visível a disputa interna dentro do ninho tucano em que uma banda luta para botar o partido no colo do governador.
Esta semana Rollemberg revelou publicamente que usará a força da máquina para exigir fidelidade canina de seus seguidores. O governador ameaçou tomar os cargos dos deputados distritais, integrantes de sua base aliada, caso não votem favoravelmente no famigerado projeto de lei complementar que autoriza o GDF a gastar o dinheiro das aposentadorias dos Servidores.
Muitos preferem perder o penduricalho que tem no governo do que contrair a catinga impopular do governador e arriscar a própria reeleição nas urnas do próximo ano.
A primeira vítima do que disse Rollemberg foi o deputado Reginaldo Veras (PDT), presidente da Comissão de Constituição e Justiça da CLDF, que detinha alguns cargos no governo de Brasília.
Além de ser declaradamente contra o esquartejamento do dinheiro dos aposentados, o professor Veras é um dos principais entusiastas da candidatura do presidente da Câmara Legislativa, Joe Valle, ao governo do DF na próxima eleição.
Joe é aliado histórico de Rollemberg, mas, nos últimos tempos, corre as léguas de um governo que agoniza e sucumbe no conceito popular. Ele também é contra a aprovação do projeto que mexe com o dinheiro do IPREV da forma como foi enviado pelo Executivo.
No frigir dos ovos todos rogam por um “Váde Retro, Rollemberg! ”