“Não há transformação se não for pela política, no entanto, o espaço está mal ocupado”. Essa foi uma das razões que levaram o jornalista e advogado Paulo Roque, a se lançar como pré-candidato ao Senado pelo Partido Novo. Ele diz ainda que 70 por cento do eleitorado do DF não deseja reeleger aqueles que fazem da política um “negócio de família”
Por Toni Duarte
Filho de agricultor e nascido em uma pequena cidade do interior de Minas Gerais, Paulo Roque, 51 anos, desembarcou em 1988 na rodoferroviária do Plano Piloto de Brasilia trazendo na mochila uma bolsa de estudos para mais tarde se tornar um dos mais atuantes advogados do DF.
Roque faz parte de uma legião de cidadãos brasileiros (enojados com a república de ladrões que saqueiam o dinheiro público), que resolveu aderir ao Partido Novo, criado em 2011, diante do descrédito geral da população nos partidos tradicionais, cuja maioria tem ligações com a corrupção sistêmica que avassala o país.
O Novo, segundo Paulo Roque, é um partido que não aceita em suas fileiras políticos carreiristas ou “ficha suja”. A legenda é formada por pessoas sem nenhum contato anterior com partidos políticos e que possui diretrizes programáticas de viés claramente de direita alinhado às ideias do liberalismo econômico.
Ele afirmou que escolheu o partido Novo para se filiar e disputar as eleições desse ano como pré-candidato ao Senado, por se incluir no grupo de milhões de brasileiros que tomou coragem, resolveu quebrar o silêncio e fazer alguma coisa para mudar os velhos paradigmas que alimentam, a séculos, a política suja e criminosa que manda no país.
“O nosso partido está devolvendo o dinheiro do fundo de campanha, no valor de quatro milhões de reais, por não aceitar fazer política com o dinheiro público. A campanha será financiada pelos seus próprios filiados”, disse.
Roque destacou que o Novo ataca a maior erva daninha da democracia que é o preenchimento de cargos do executivo, popularmente conhecida como a política do toma-lá-dá-cá. A legenda também defende apenas uma reeleição a cada um de seus eleitos que terão a obrigação de mostrar à sociedade que é possível fazer política sem roubar o povo.
Outra razão que motivou Paulo Roque a encarar as urnas, são as pesquisas de opinião realizadas no DF que revelam que, 70% da população não deseja reeleger ninguém comprometido com as práticas que estão aí. Paulo Roque prevê ainda que o país passará por mudanças radicais em sua representação política nas eleições desse ano, principalmente no DF.
“Ha uma forte tendência do eleitorado brasiliense riscar do mapa os políticos profissionais que estão a décadas no poder e que fazem da politica um negócio familiar. Nestas eleições, quem terá o poder absoluto de salvar o Brasil e o DF da corrupção ou da má gestão do poder público é o povo”, acredita.
Ele aponta que as pessoas ligadas aos mais diferentes segmentos sociais se deram conta de que o roubo do dinheiro público é o que leva ao óbito o cidadão que ficou sem o atendimento médico nos hospitais, que produz uma legião de analfabetos por falta de escolas e que financia o crime que mata e entorpece a juventude.
“ Resolvi sair da zona do silêncio para submeter o meu nome à avaliação popular como pré-candidato ao Senado”, disse Paulo Roque.