Não é apenas o deputado distrital Robério Negreiro, que estaria supostamente envolvido no caso de fraudes na folha de presença da Câmara Legislativa. Documentos recuperados pela Polícia e Ministério Público, durante uma operação no parlamento local, ocorrida na quinta-feira da semana passada (04), revelam que têm mais deputados distritais enrolados até o talo com o esquema
Por Toni Duarte//RADAR-DF
Fontes ligadas a Polícia Civil do Distrito Federal e do Ministério Público (MPDFT), revelaram ao Radar-DF nesta segunda-feira (08/07), que a fraude na folha de presença dos deputados distritais vai muito além do suposto envolvimento do deputado Robério (PSD), acusado de assinar o ponto, mesmo estando nos Estados Unidos.
No entanto, as mesmas fontes não declinaram o número e nem os nomes dos distritais. Tem até novato no meio.
A operação batizada de “Absentia” (que em latim significa ausência) realizada pela Polícia e pelo MP, tinha um objetivo: arrestar as mais de 50 folhas de pontos assinadas pelos 24 deputados as quais atentam a presença no plenário da Câmara e nas comissões temáticas da Casa.
O alvo foi exatamente no gabinete do secretário-geral Robério negreiro, principal acusado na história. A sala do servidor Arlécio Alexandre Gazal também foi alvo das buscas. O setor seria o responsável pela marcação de presença.
Outros documentos, também levados perla Operação Absenta, estão relacionados aos processos de verbas indenizatórias.
Notas fiscais apresentadas pelos gabinetes dos deputados, para ressaciamentos dos gastos, estão sendo analisadas para saber se tem notas frias.
As investigações feitas até agora já apontam que tem mais gente no rolo das supostas fraudes.
Os investigadores suspeitam que esse teria sido o motivo do arquivamento do processo de quebra de decoro parlamentar, que havia sido aberto contra Negreiros após representação feita pelo Instituto de Fiscalização e Controle (IFC).
O arquivamento feito pela Mesa Diretora aconteceu após um parecer do corregedor-geral da Câmara, o distrital José Gomes, que pode perder o mandato, caso o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) entenda que ele praticou crime na compra de voto na eleição passada.