O ASSUNTO É

MPDF denuncia 22 criminosos que roubaram mais de R$1milhão de contas bancárias no DF

Publicado em

O Núcleo Especial de Combate a Crimes Cibernéticos (Ncyber) do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) denunciou à Justiça, na última  sexta-feira (28), 22 integrantes de organização criminosa especializada em aplicar golpe para furtar correntistas de diversas instituições financeiras.

 

A quadrilha atuava no Distrito Federal, Paraíba, Santa Catarina e São Paulo. Na Capital Federal, foram mais de 40 vítimas, todas titulares de contas bancárias no Banco de Brasília.

Os prejuízos chegam a mais de  R$ 1 milhão só no Distrito Federal. Uma das vítimas chegou a perder mais de R$ 100 mil reais após cair no golpe.

Na denúncia, o Ncyber indica a prática reiterada de crimes como furto mediante fraude, lavagem de dinheiro e invasão de dispositivo.

Além da condenação dos envolvidos pelos crimes praticados, o Ministério Público solicitou à Justiça que os investigados sejam condenados ao pagamento de R$ 10 milhões referentes danos morais coletivos. A atuação do MPDFT partiu da Operação XCoderX da Polícia Civil do DF, deflagrada em fevereiro deste ano.

A quadrilha era dividida em células, que atuavam de forma especializada e coordenada. Uma parte dos integrantes era responsável por obter e repassar informações das contas bancárias visadas, como dados do titular, agência, número de conta e senha de acesso, além da verificação de saldo, limites de empréstimo, entre outros dados que norteavam a escolha dos alvos.

Eles utilizavam o serviço de programadores, chamados coders, que criavam programas maliciosos para obter as informações bancárias.

Com base nessas informações, outra parte da quadrilha atuava. Os criminosos passavam por funcionários do banco e, sob a falsa alegação da necessidade de realização de operação de segurança, obtinham da vítima o QR Code, código de barras bidimensional que viabilizava as transações bancárias.

“Durante a ligação telefônica, os clientes eram convencidos a fazerem o envio da foto deste código para um contato em um aplicativo de mensagens. Nesta etapa, a organização criminosa simulava o protocolo de atendimento telefônico da instituição, inclusive, com o uso do número oficial utilizado pelo banco para contato com seus correntistas”, explicou o coordenador do Ncyber/MPDFT, promotor de Justiça, Leonardo Otreira.

O grupo utilizava também pessoas que emprestavam as próprias contas bancárias, mediante o pagamento de uma comissão, para o recebimento dos valores subtraídos das vítimas. A quadrilha contava com membros dedicados ao recrutamento de titulares dispostos a ceder tais contas para a prática criminosa. Só uma das contas utilizadas pelo grupo, movimentou mais de R$ 6 milhões. As transferências dos valores furtados eram fracionadas entre várias contas de destino, a fim de dificultar a atuação dos órgãos de controle e facilitar posteriores atos de lavagem de dinheiro.

Uma gráfica e uma loja de vidros eram utilizadas para justificar a origem do dinheiro proveniente das transações fraudulentas. A quantia obtida era ocultada por meio da simulação de compras em máquinas móveis de transações bancárias, as pin pads, pelo pagamento de boletos bancários, por saques em terminais de autoatendimento e por sucessivas transferências bancárias, inclusive com remessa de valores para o exterior e aquisição de moedas digitais.

Processo: 2019.01.1.019487-4

Informaçoes do MPDFT

Siga o perfil do Radar DF no Instagram
Receba notícias do Radar DF no seu  WhatsApp e fique por dentro de tudo! Entrar no grupo

Siga ainda o #RadarDF no Twitter

Receba as notícias de seu interese no WhatsApp.

Leia também

Caiado premia 150 escolas que se destacaram em alfabetização em Goiás

Caiado entrega premiação a 150 escolas públicas municipais vencedoras do Prêmio Leia 2024. Ao todo, foram distribuídos R$ 18 milhões aos colégios premiados (Fotos: Júnior Guimarães)

Mais Radar

ABBP divulga nota sobre eleições municipais no País

A Associação Brasileira de Portais de Notícias (ABBP) divulgou, nesta quinta...

Instituto Histórico e Geográfico do Maranhão comemora seus 98 anos

O Instituto Histórico e Geográfico do Maranhão (IHGM), a Casa de...

PF prende quadrilha que lavava dinheiro do tráfico internacional

Cerca de 50 policiais federais cumpriram 14 mandados de busca e...

Espaços culturais oferecem opções aos brasilienses

Até este domingo (19), o Espaço Cultural Renato Russo recebe o...

Patrocinado pelo BRB, Gabriel Bortoleto conquista título de F3

O Banco BRB é um dos maiores patrocinadores do esporte no País em diferentes modalidades, entre as quais, o automobilismo.

Receba as notícias de seu interese no WhatsApp.

O Radar DF não permite essa ação

»
»