Moradores da chácara 94 de Vicente Pires em contato com o Radar, afirmaram não reconhecer como legítima a informação divulgada no blog em 6/12. A matéria afirma que “a Chácara 94, localizada na Rua 3 de Vicente Pires, segundo ainda informações, estaria fora das operações de derrubadas a pedido feito ao próprio governador pelo dono de um Shopping existente na área”.
ondôminos que concordaram em conversar com o Radar informaram desconhecer qualquer acerto nesse sentido e se mostraram surpresos. “É, com certeza, uma informação falsa. Desde julho, um grupo de moradores tem conversado incessantemente com deputados e representantes do governo, buscando sensibilizá-los. Fora isso, já tivemos enormes despesas judiciais, tentando liminares individuais e coletivas. Se houvesse qualquer acerto de proteção à chácara, nada disso seria necessário”, disse um morador que concordou em conversar sob a condição de anonimato.
E lamenta: “Esse tipo de boato só denigre a imagem dos moradores e acirra os ânimos no governo. É assustador saber que esse boato saiu de dentro da própria Agefis. Na minha opinião, estão jogando contra a gente e contra o governador”.
O mesmo morador afirma ainda que houve tratativas com representantes do governo, na tentativa de se estabelecer uma política de compensação que cederia espaços para o governo instalar equipamentos públicos sem a necessidade de derrubadas de casas e que essa política poderia vir a ser modelo no Distrito Federal. Mas lamenta que não houve resposta por parte do Governo de Brasília, segundo foi informado por uma das lideranças locais.
Um dos moradores confirma ainda que só não houve a derrubada porque os deputados distritais temem outro massacre similar ao ocorrido na chácara 200 e têm procurado intermediar uma solução. Ele apresenta como prova de que a Agefis já tentou derrubar a chácara a cópia de um ofício de setembro de 2015, endereçado à Polícia Militar, que circulou nas redes sociais. “Dessa vez foi por muito pouco.”
O morador afirma ainda que espera que haja sensibilidade do governo para se chegar a uma solução pacífica, que preserve o direito de moradia. “É o mínimo a se esperar de um governo socialista”, completa.
Da Redação Radar
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